Com a inflação e o aumento dos preços do gás natural, foi aberta a possibilidade dos consumidores que desejassem de deixar o mercado livre para ingressarem no mercado regulado, desde então já mais de 104 mil consumidores portugueses optarem pela troca para a tarifa regulada de gás.
“Nós já temos mais de 104.000 consumidores que escolheram a tarifa regulada do gás”, esta informação foi dada pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, numa audiência ocorrida na Assembleia da República, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano.
O OE para 2023, fala que “No pressuposto que todos os consumidores elegíveis para regressarem ao mercado regulado regressam efetivamente para a tarifa regulada, estimou-se uma poupança agregada máxima com o regresso ao mercado regulado no valor de 56,7 milhões de euros por mês”.
Segundo Duarte Cordeiro, se a totalidade dos consumidores portugueses, que cumprem os critérios de elegibilidade (com consumos inferiores a 10.000 m3 por ano) optasse pela transferência para o mercado regulado, o custo para o Estado seria de mais de 60 milhões de euros, mas por outro lado, as famílias iriam ter uma poupança de 680 milhões, “admitindo que as mesmas condições de preço vigorarão nos mercados livre e regulado durante 12 meses”.
Desde o ínicio da guerra na Ucrânia e com as sanções impostas à Rússia, Moscovo diminuiu os seus envios de gás para a Europa, havendo mesmo países como a Polónia ou a Bulgária, que viram a totalidade das suas importações de gás russa serem “cortadas”, após a recusa do procederem ao pagamento dos envios em rublos. Com isso o preço do gás disparou, obrigando vários países europeus a iniciarem medidas de restrição ao consumo de gás e de procura de novas fontes de obtenção de energia.
Autor: Mário Costa
