Grécia vota e decide manter Mitsotakis como primeiro ministro

As eleições na Grécia ditaram um resultado bem diferente daquele que era esperado pelas sondagens, o partido Nova Democracia, do atual primeiro-ministro Mitsotakis ganhou com mais de 40% dos votos, estando apenas a 6 deputados da maioria absoluta.

“A Grécia escolheu a Europa e a estabilidade” foram estas as palavras do líder do partido conservador da Grécia, dando ênfase à grave queda que os partidos anti-europeístas de extrema-esquerda, o Syriza, do antigo primeiro ministro Alexis Tsipras e o MeRA25 , do ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis, que nem sequer conseguiu eleger qualquer deputado. Os resultados das eleições helênicas ontem deram um resultado bem diferente do que estava prognosticado nas sondagens, que estimavam que o país poderia virar à esquerda e voltar a ser governado pelo Syriza de Alexis Tsipras, que governou entre 2015 e 2019.

O partido do atual primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, conseguiu uma vitória maior do que aquela obtida em 2019, ficando agora a apenas 6 deputados de uma maioria absoluta. Com 145 deputados, o partido fica claramente à frente do segundo classificado, o Syriza com 71 deputados, em terceiro lugar vem o partido socialista, com 43 deputados e o partido comunista com 25, isto quer dizer que mesmo a soma dos partidos do outro lado do espectro político não chegam ao valor do partido de Mitsotakis, que poderá agora tentar chegar a acordo com os conservadores do partido Plefsi Eleftherias, que obteve 16 deputados e em conjunto com o Nova Democracia alcançariam a maioria necessária de 151 lugares. No entanto, fica no ar uma possível repetição eleitoral, devido a estas declarações de Mitsotakis, “Temos de protagonizar mudanças mais radicais para reduzir o terreno que nos separa da Europa e isso não pode ser feito com alianças inseguras”.

Fica claro que os casos que abalaram o país nos últimos meses, tal como a colisão entre comboios no mês de março, ou ainda as manifestações ligadas ao aumento do custo de vida que os gregos estão a sentir devido à inflação, não afetaram a reputação do primeiro-ministro, ficando ainda no ar que uma grande parte dos gregos foi às urnas e votou no Nova Democracia, para evitar o regresso do Syriza ao poder, com Tsipras a assumir que a sua mensagem não convenceu os seus compatriotas. 

De referir que a lei eleitoral grega alterou-se para estas eleições, nas anteriores o partido vencedor obtinha de prémio 50 deputados, sendo assim premiado e permitindo que um governo estável seja formado pelo partido vencedor, agora essa lei foi revogada (podendo vigor em caso de uma repetição eleitoral, como pode ser acontecer neste caso, se em uma semana não houver acordo de governo).

Quanto a outras surpresas, o partido de Yanis Varoufakis, não conseguiu eleger qualquer deputado, ao não ter obtido uma percentagem de 3% a nível nacional necessária para eleger, ficando assim de fora do parlamento um dos maiores activistas anti-euro e anti-europa do década passada, que foi mesmo acusado de ser um dos aliados de Vladimir Putin na Europa.

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