O valor das casas, calculado pelos bancos no momento da concessão empréstimos à habitação, registou, em junho deste ano, a maior subida de sempre: aumentou 27 euros no mês passado, atingindo a marca de 1.407 euros por metro quadro.
Desde janeiro de 2011 que não se via um preço por metro quadrado tão elevado como o de em junho, sendo o maior valor de que há registo por parte do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Desde agosto do ano passado que a avaliação bancária das casas – feita com base em inquéritos aos bancos – continua a aumentar, o que reflete a confiança que as instituições financeiras depositam nos empréstimos para a compra de habitação.
Tendo por base os valores atuais, uma casa com 100 metros quadrados estará avaliada, pelos bancos, em 140.700 euros, em termos médios nacionais, havendo, claramente, diferenças de valores tendo em conta a região em que se situa e a sua localização.
Repare-se, no entanto, que este valor atribuído pelos bancos não é descabido, tendo vindo a acompanhar a trajetória de valorização das casas nas transações dos últimos anos.
A subida dos custos das matérias-primas poderá ser um dos fatores explicativos para estes crescentes aumentos, nomeadamente aquelas que dizem respeito a material para construção e obras nas casas, podendo ajudar a explicar a evolução da avaliação feita dos bancos.
Para além destes aumentos per si, a própria pandemia, agora mais ultrapassada, mas que ainda se faz sentir, bem como o mais recente conflito na Ucrânia acabam por impactar em toda a economia, não sendo o setor do imobiliário exceção.
Tendo por fonte o INE, por tipo de alojamento, o valor mediano voltou a ser mais alto nos apartamentos do que nas moradias. Nos apartamentos, o valor mediano por metro quadrado fixou-se nos 1563 euros, um aumento de 16,7% face ao mês homólogo; no caso das moradias, o preço por metro quadrado situou-se nos 1122 euros, o que equivale a mais 12,1%.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.
