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Nas cerimónias de comemoração do 25 de abril – Dia da Liberdade – aquando da receção do presidente brasileiro Lula da Silva no Parlamento português, os deputados do partido Chega “enervaram” o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
Lula da Silva iniciou a sua intervenção na sessão solene de boas vindas e passado poucos minutos os deputados do Chega levantaram-se e empunharam três tipos de cartazes, onde se liam “Chega de corrupção”, “Lugar de ladrão é na prisão” e outros de apoio à causa Ucraniana.
Augusto Santos Silva foi contundente com a repreenda que deu ao partido liderado por André Ventura. O presidente da Assembleia da República proferiu as seguintes palavras: “ Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal”.
Todos os doze deputados do partido de André Ventura empunharam cartazes e bateram com as mãos nas mesas de madeira, quando a bancada socialista irrompeu em aplausos ao Presidente do Brasil.
Na sala, onde estavam antigas glórias do 25 de abril e figuras importantes da nação portugues, ouviram-se gritos ’25 de Abril sempre, fascismo nunca mais’,
No final, Santos Silva pediu desculpa a Lula da Silva em nome do parlamento português e agradeceu-lhe a “coragem e educação”, momento que foi aplaudido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Por seu turno, o presidente do Brasil desvalorizou o episódio, que classificou de “ridículo”.
Depois da polémica que se levantou em torno das posições de Lula sobre a guerra na Ucrânia, Santos Silva garantiu ainda que Portugal condena a invasão por parte da Rússia e que apoia a “luta pela independência” dos ucranianos, pedindo que as políticas externas brasileira e portuguesa possam “convergir a favor da paz”.
Posteriormente, o presidente da Assembleia da República informou,na manhã desta quarta-feira, o líder do Chega de que o partido iria ser excluído das delegações que o acompanham nas visitas oficiais ao estrangeiro, na sequência do protesto que a bancada fez contra o Presidente do Brasil na sessão desta terça-feira no Parlamento. Foi o próprio André Ventura que o anunciou aos jornalistas, uma informação só depois confirmada pelo gabinete de Augusto Santos Silva, indicando que a exclusão se aplicaria apenas a visitas a parlamentos estrangeiros.

Francisco Castilho, 20 anos, natural de Coimbra. Atualmente frequenta o 2ºano da licenciatura em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC). Terminou recentemente um programa de embaixadores numa empresa de estratégia e marketing digital (Triber Academy), desempenhado a função de digital marketing copywriter. As áreas dos investimentos, finanças pessoais e análise fundamental de empresas são as que mais constam nos seus artigos e procura aprender mais com as diversas temáticas que surgirão na MeuCapital.