O (Des)governo Português

Todos reconhecemos que o atual Governo tem sido marcado por várias polémicas. Desde a indemnização milionária de Alexandra Reis, a qual foi aprovada por mensagem no Whatsapp, passando pelo despedimento por justa causa da CEO da TAP, sem aparente justa causa – reza a lenda que o Ministro das Finanças, Fernando Medina ainda procura a tão almejada justa causa- culminando agora na polémica de João Galamba. 

O que se passou?

Na passada terça-feira, dia 2 de maio de 2023, o primeiro-ministro António Costa, reuniu-se com João Galamba, Ministro das Infraestruturas, com os ministros Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva e Pedro Adão e Silva, comumente chamados como “Gabinete de Crise” e por fim, com o Presidente da República. Durante largas horas pairou no ar a expectativa de podermos assistir à exoneração de João Galamba, ou mesmo a medidas mais drásticas, derivadas das constantes polémicas em redor do atual Governo. Contudo, a dúvida ficaria desfeita quando o primeiro-ministro António Costa faz uma declaração ao país, referindo que o Ministro das Infraestruturas, João Galamba se havia demitido, mas que a sua demissão não tinha sido aceite. 

Os argumentos

Numa nota oficial da Presidência, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que “o Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do Primeiro-Ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto percepção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.

Por seu lado, o primeiro-ministro, António Costa, defende a sua decisão de manter João Galamba no Governo, referindo que não existe qualquer indício de que este tivesse como intuito o de ocultar informação à Comissão de Inquérito da TAP. Outro elemento que demonstra a total desorganização deste Governo, prende-se com o facto de João Galamba apenas ter tido conhecimento de que o seu pedido de demissão havia sido recusado aquando da declaração do primeiro-ministro, António Costa, ao país. 

Conclusões? Nenhumas

Se tinha intenção ou não, esse é um facto sempre difícil de comprovar. Contudo, o comportamento do Ministro das Infraestruturas, João Galamba, é no mínimo suspeito. O que podemos pensar de um membro do Governo que envia as Secretas a meio da noite para irem buscar o computador de um elemento do seu ministério que havia sido despedido? E como conseguiu esse indivíduo sair do ministério com “documentos confidenciais” após o seu despedimento? 

Existem muitas perguntas por responder e poucas respostas convincentes já dadas. 

Polémicas e decisões duvidosas. Têm sido estas as palavras que marcam a ação deste Governo. Estranho não é? Um país que lutou tanto pela democracia, estar nesta situação. 

Resta-nos esperar e ver os próximos capítulos de uma “procissão que ainda vai no adro”.

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