Fonte da imagem: Deco Proteste
Os Certificados de Aforro têm sido uma opção popular de investimento para os portugueses que procuram segurança e rendimentos estáveis. Depois de vários meses a pagar uma taxa de juro muito simpática de 3,5%, o fim estava à vista e recentemente abordamos alguns dos desafios, no artigo A corrida aos Certificados de Aforro e o impacto na dívida pública.
Recentemente, uma nova série de Certificados de Aforro foi lançada, trazendo algumas mudanças em relação à série anterior. Neste artigo, iremos explorar as características da nova série, destacar as diferenças em relação à série anterior e responder às três questões mais frequentes que os investidores têm sobre esses instrumentos financeiros.
Condições da Nova Série de Certificados de Aforro
A nova série de Certificados de Aforro traz consigo algumas alterações importantes. A taxa de juro base foi ajustada e perdeu 1%. A anterior série E tinha uma taxa de juro de Euribor 3 meses + 1%, e a nova série F tem uma taxa de juro de apenas Euribor 3 meses. Com isto, baixou também o teto máximo de juros de 3,5% para 2,5%. O mínimo mantém-se igual, a 0%.
Os prémios de permanência também alteraram. A anterior série acrescia 0,5% no 2º ano e mais 0,5% no 6º ano. A nova série aumenta em complexidade e traz o seguinte:
- Do início do 2.º ano ao fim do 5.º ano, soma-se 0,25 % à taxa-base.
- Do início do 6.º ano ao fim do 9.º ano, soma-se 0,50 % à taxa-base.
- Nos 10.º e 11.º anos, soma-se 1 % à taxa-base.
- Nos 12.º e 13.º anos, soma-se 1,50 % à taxa-base.
- Nos 14.º e 15.º anos, soma-se 1,75 % à taxa-base
Também o prazo foi alterado, passando dos 10 anos para 15 anos de investimento máximo.
Todas as informações pode ser consultadas em Certificados de aforro
Questões Mais Frequentes sobre a nova série de certificados de aforro
- O que acontece a quem tem subscrita a série E?
Nada. Quem subscreveu a série E dos certificados de aforro mantém as regras anteriores no dinheiro já investido. Apenas as novas subscrições serão feitas com as novas regras.
- Como são pagos os juros dos Certificados de Aforro?
Os juros dos Certificados de Aforro continuam a ser capitalizados trimestralmente, somando-se assim ao capital total investimento, criado o efeito de juro composto.
- Os Certificados de Aforro estão sujeitos a impostos?
Sim, os rendimentos gerados pelos Certificados de Aforro estão sujeitos a impostos. Serão retidos na fonte 28% dos juros, pelo que o investidor nada precisará de fazer, a menos que pretenda fazer o englobamento dos juros.
Conclusão
A nova série de Certificados de Aforro em Portugal traz consigo algumas mudanças importantes, principalmente no cálculo dos juros. Continuam a depender da Euribor, mas perdem o “acréscimo de 1%”. Na verdade, o que significa é que se as taxas Euribor começarem a descer, também a remuneração dos certificados de aforro começará a descer. Num artigo recente, abordamos quais as previsões para a taxa Euribor: Euribor Forward Rates: O que são e quais são as expectativas futuras?
É importante compreender as diferenças em relação à série anterior e estar ciente das questões mais frequentes sobre esses instrumentos financeiros. Ao considerar investir em Certificados de Aforro, é essencial avaliar o seu perfil de investidor e procurar orientação adequada para tomar decisões informadas.
Caso pretenda ajuda ou esclarecimentos sobre este e outros produtos financeiros, as nossas sessões de mentoria estão disponíveis e têm ajudado muitas pessoas nas suas finanças pessoais. Pode agendar diretamente a sua sessão de mentoria individual, carregando aqui.

Co-fundador MeuCapital | Educador e Mentor Financeiro
Sérgio Rodrigues nasceu em 1987 em Lisboa e atualmente reside no Porto. A sua formação académica e experiência profissional estão ligadas à gestão, contando já com 15 anos neste ramo. É um apaixonado por finanças pessoais e neste momento é Educador e Mentor Financeiro.