A Ofgem, entidade reguladora de serviços energéticos do Reino Unido, anunciou, no dia 24 de maio, que pretende investir 300 milhões de libras, cerca de 430 milhões de dólares, na rede de postos de carregamento para veículos elétricos, de modo a sustentar a elevada procura por este tipo de automóvel.
Segundo Jonathan Brearley, CEO da Ofgem, este investimento é “essencial, se a Grã-Bretanha pretende atingir os objetivos climáticos estipulados”. O projeto albergará a instalação de 1.800 postos de carregamento rápido em autoestradas, triplicando o número de postos que existem atualmente. Para além disso, serão instalados uns adicionais 1.700 postos no interior de várias cidades.
Este investimento realça a confiança que o governo do Reino Unido deposita na indústria dos veículos elétricos. A Ofgem denota ainda a elevada importância deste projeto, afirmando que “a procura de automóveis elétricos tem aumentado a um ritmo excepcional, mas muitos potenciais compradores demonstram-se apreensivos devido à escassez de postos de carregamento”.
A declaração por parte do Reino Unido ocorreu no mesmo dia em que a fabricante de automóveis chinesa Nio ($NIO) anunciou que irá duplicar a sua produção de veículos. Este novo acordo com os fornecedores permitirá à empresa chinesa produzir 20 mil automóveis por mês. No entanto, é de notar que a produção poderá ser afetada negativamente no curto prazo, devido à atual escassez global de semicondutores.
Adicionalmente, a divulgação deste comunicado aconteceu também no mesmo dia em que a produtora americana Ford ($F) revelou o resultado do seu enorme investimento nesta indústria, uma versão completamente elétrica da sua ilustre carrinha pick-up F-150.
Tanto a Ford como a Nio pretendem ampliar a relevância do seu negócio no continente europeu, procurando obter maior participação de mercado e competir com a Tesla ($TSLA) e com a Volkswagen ($VLKPF). Deste modo, o investimento por parte da Ofgem vem, assim, suportar a rápida expansão do mercado de automóveis elétricos na Europa que se tem vindo a verificar recentemente.
Autor: Diogo Neves
