Planos do Facebook para 2022 passam pelos NFTs e Blockchain

Numa carta interna enviada por Andrew Bosworth aos colaboradores da agora Meta ($FB) antiga Facebook, o atual responsável pelos departamentos de realidade virtual e aumentada que em poucas semanas vai assumir o papel de CTO ( Chief Technology Officer) , realçou que o próximo ano será decisivo para “aumentar a compatibilidade com a tecnologia blockchain, explorar as Organizações Autónomas Descentralizadas (na sigla inglesa DAO) e apostar em NFT (Non Fungible Tokens)”.

Ainda que com uma palavra de caução, o novo diretor de tecnologia afirma que é essencial que a empresa seja capaz de adotar tecnologias como a blockchain primeiro que outros, notando que a mesma “poderá vir a ter um impacto significativo na indústria na próxima década”. 

“Temos de apostar nas oportunidades que nos são oferecidas. Se surgir a possibilidade de trabalharmos com empreendedores da Web 3.0, devemos avançar”, escreveu Bosworth. A Web 3.0,  um conceito ainda complexo para muitos, pode ser definida como uma tentativa de redistribuição do poder, que um pequeno grupo de empresas detêm,  pelas pessoas e a eliminação da necessidade de intermediários. Assim, a Web 3.0 põe fim às restrições e é essencialmente uma nova forma de os indivíduos utilizarem a Internet sem abrirem mão da sua privacidade e dos seus dados pessoais. Um dos maiores exemplos da Web 3.0 são as criptomoedas. 

A par disso, nessa mesma carta, é também referida a necessidade da empresa ser capaz de desenvolver formas de integrar NFTs na sua gama de produtos e serviços. NFTs, para os menos familiarizados com o conceito, representam uma tecnologia que pode ser usada em transações de ativos digitais, sendo a maioria em artigos digitais colecionáveis. Estas transações são autenticadas com recurso à blockchain. 

Há duas semanas, contactado pelo New York Times, Marc Andreessen, cofundador da Andreessen Horowitz, um dos maiores fundos de venture capital dos EUA,  revelou que a Meta já começou a “criar fundos para investir em startups Web 3.0”.

De relembrar que o Facebook baniu publicidade relacionada com criptomoedas há uns anos atrás. Contudo, a empresa tem vindo a mudar a sua posição nos últimos meses tornando-se gradualmente pró-criptomoedas. 

Recentemente, a empresa anunciou também uma maior aposta no Metaverse, consolidando assim aquela que tem sido uma expansão do modelo de negócio da empresa. O metaverse é uma plataforma virtual criada para interagir em tempo real com outras pessoas que a frequentam. Existe neste universo economias locais onde se pode comprar, vender e tocar os mais variados produtos.

Autor: Francisco Sá

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