É oficial: A Facebook passa a chamar-se Meta

A Facebook ($FB) anunciou esta quinta-feira a mudança de nome. A rede social irá manter a denominação original, mas o Grupo que gere o Facebook, o Instagram e o WhatsApp passará a chamar-se Meta.

O Facebook Connect, anteriormente denominado Oculus Connect, é o evento anual que dá a conhecer as novidades da empresa de Mark Zuckerberg no que diz respeito a equipamentos e serviços de realidade virtual. 

A edição deste ano tem um interesse acrescido. Em primeiro lugar, por todo o ambiente negativo em torno do Facebook Papers, a investigação que está a abalar o império de Zuckerberg ao revelar milhares de documentos internos vazados pela ex-funcionária e denunciante Frances Haugen (que até já testemunhou no senado dos Estados Unidos). Contudo, a segunda grande questão do evento, que irá colocar em segundo plano todos os avanços tecnológicos a expor, é a mudança de nome da empresa.
Esta mudança faz parte de uma estratégia de “rebranding” para enfatizar o desenvolvimento do mundo virtual e não se aplica às plataformas individuais. Ou seja, aplicações como o Facebook, Instagram e Whatsapp vão manter o mesmo nome. Apenas muda o da empresa-mãe que as detém, como já acontece com a Alphabet Inc. ($GOOGL) que tem a Google como subsidiária. 

“Hoje somos vistos como uma rede social. Mas, no nosso ADN, somos uma empresa que desenvolve tecnologia para conectar as pessoas. E o metaverso é a próxima fronteira, tal como as redes sociais foram quando começámos (…) [O novo nome serve] para refletir no que esperamos construir”, explicou Mark Zuckerberg.

No comunicado enviado às redações, a Meta afirma que vai também introduzir um “novo logotipo e cor para acompanhar a nova marca da empresa”. “O logotipo é um gradiente azul – como uma homenagem à herança do Facebook”, referiu a empresa, dizendo que “foi projetado para ser experimentado em 3D para que realmente ganhe vida no metaverso”. O endereço de internet “meta.com” já está redirecionado para uma página oficial do Facebook com mais informações sobre o novo nome da empresa.

Zuckerberg espera que a Meta tenha uma narrativa diferente. Em setembro, a empresa anunciou um fundo de 50 milhões de dólares (cerca de 42,7 milhões de euros) para garantir que “os produtos são desenvolvidos de forma responsável”.

O mais recente equipamento da empresa, o Cambria, também anunciado na Facebook Connect, será lançado em 2022. São óculos de realidade virtual, pensados para o “Metaverso”, que possuem sensores que detectam as expressões faciais de quem os usa, como o Apple face ID do Iphone. A empresa acredita que o aparelho vai ajudar as pessoas a ficarem imersas no ambiente online facilitando a compreensão das diferentes reações sentimentais.

Apesar de toda a polémica e novidades, o Facebook apresentou na passada segunda-feira um lucro de 9,2 mil milhões de dólares (7,9 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, mais 17% do que no mesmo período do ano passado. Ficando, no entanto, aquém das expectativas dos investidores. As ações do Facebook estão cerca de 7% abaixo do valor do início deste mês.

Autor: Pedro Mirão

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