Desde o começo do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia que se sentem impactos por todos os setores da economia.
De tudo o que se tem vindo a refletir, o que mais se sente por parte do consumidor final é o peso que tem vindo a ter na sua carteira, resultado da constante e crescente inflação de preços.
Tudo isto acompanhado da crise energética que se tem e começa a viver ao redor de todo o mundo face ao corte de importações de recursos energéticos russo.
Horas antes do encontro da OPEP+, um evento que reúne os principais países produtores de petróleo do mundo, viu-se a cotação do ouro negro cair.
O Goldman Sachs, grupo financeiro multinacional, assinalou que, para o final da reunião, era esperado o anúncio de um aumento da produção.
O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – registou uma perda de 0,19% da sua cotação, passando para os 94,24 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte – aquele que é a referência para as importações europeias – caiu 0,22% atingindo o patamar dos 100,32 dólares por barril.
Há um mês atrás, em inícios de julho, o spread entre os dois contratos com data mais próxima de Brent atingia os 4 dólares, mas nesta quarta-feira caiu para os 1,86 dólares, voltando aos valores mínimos atingidos em maio deste ano, o que poderá indicar uma maior “folga” na oferta deste recurso.
Já no caso do gás, negociado em Amesterdão (TTF) e referência para o mercado europeu – manteve-se nos 205 euros por megawatt-hora, tendo estabilizado, assim, após dois dias de aumentos, visto que o fornecimento de gás russo permanece também estável, ainda que mais apertado.
É de realçar, no entanto, que esta matéria-prima tem vindo a ser negociada ao mais alto nível desde março, altura em que a Gazprom decidiu reduzir o abastecimento de gás para a Europa em 20%.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.