O barril do Brent que define a cotação do petróleo em alguns mercados internacionais tem afundado durante os últimos dias, decrescendo mais de 14% desde o início da semana para um valor abaixo dos 96 dólares.
Os principais motivos deste decréscimo acontecem derivado aos receios que os investidores têm com uma recessão económica. Um acontecimento desta natureza levaria a um decréscimo da procura de combustíveis, levando assim a uma natural diminuição no seu preço.
Olhando para os dois principais índices de petróleo globais, o Brent, que é a referência para as importações nacionais de combustíveis, negociou abaixo dos 100 dólares pela primeira vez desde 25 de abril na última quarta feira. Já o WTI, negociado na Bolsa de Wall Street, recuou 8,17% para 99,57 dólares durante a última terça feira, a primeira vez desde 11 de abril que este cota abaixo dos 100 dólares. Durante a última terça-feira ambos os índices registaram as maiores quedas desde março.
Fonte: Tradingview, Execução própria
Mostra-se agora a variação do preço do crude durante as últimas 3 semanas, com especial ênfase nesta última em que se verifica um grande decréscimo que levou o preço para um nível inferior aos 100 dólares.
Depois de aumentos sucessivos derivados da crise energética desencadeada pela invasão da Ucrânia, vemos sinais de que o crude poderá estar a começar a estabilizar, sendo por isso de esperar um decréscimo no preço dos combustíveis durante a próxima semana.
É importante referir que apesar de este ser um mercado de futuros, ou seja, os contratos são feitos no presente para entrega no futuro, isto significa que o preço é referente ao petróleo que será entregue apenas em setembro no caso do Brent. No entanto, e derivado ao dinamismo deste mercado, é necessário uma constante realização de contratos deste produto, levando a que aumentos/diminuições nos preços de futures de crude se reflitam no imediato nos preços dos combustíveis.
Autor: Mário Costa
