Inflação de 8,5% nos Estados Unidos da América

A Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos da América, divulgou esta semana os seus valores de inflação, com uma taxa de 8,5%, este é o maior valor da inflação americana desde 1981. Comparando com o verificado em fevereiro, houve um aumento de 1,2 pontos percentuais, o maior desde setembro de 2005.

Tal como na Europa, onde vários países, como Espanha ou Alemanha, enfrentam valores elevados de inflação, a invasão da Ucrânia por parte da Rússia e as consequentes sanções que o Ocidente colocou ao invasor. A consequente escalada no preço dos produtos energéticos e dos produtos alimentares tem penalizado o poder de compra dos consumidores americanos.

Nos EUA junta-se também a questão de um aumento dos juros por parte da FED, que já se reflete no aumento dos preços das rendas, e um problema de supply chain  por parte das principais cadeias de abastecimentos alimentares. A oferta restringida de alguns bens alimentares  ajuda a uma maior elevação nos seus preços. 

De referir que os Estados Unidos já se encontravam a braços com um problema inflacionário derivado à crise pandémica, tendo mesmo a FED já começado a retirar os estímulos económicos mensal que injeta na economia americana. Um problema que só foi agravado com a Guerra na Ucrânia. 

Observando mais atentamente as parcelas que originaram estes valores elevados de inflação, verifica-se que o preço da gasolina aumentou mais de 18% comparado com o homólogo de 2021; o índice de comida aumentou 8,8%, com especial ênfase para os preços dos vegetais e frutas, arroz e batatas que comparados ao mês anterior todos aumentaram em mais de 3%; e, também, o valor da carne que aumentou 2,1% comparado a fevereiro.

No entanto, existem sinais que mostram que a inflação americana poderá ter atingido o seu pico. O principal prende-se com a estabilização do preço do gás natural. Também, existe a expectativa de que a FED aumente as taxas de juro diretoras, pois o objetivo é atingir os 2% no final do ano, e ainda que reduza os ativos no balanço já no próximo mês de maio, para tentar controlar a inflação para um valor mais próximo do seu objetivo de 2% para a taxa anual.

Autor: Mário Costa

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