Inflação nos EUA e resposta da Reserva Federal

Ultimamente, a inflação nos EUA tem atingido valores superiores aos que foram previstos. Deste modo, o comportamento de investidores, principalmente no mercado obrigacionista, tem sido influenciado pelas expectativas de respostas da Reserva Federal e, consequentemente, muitos investidores têm receio que não seja adotada a política mais acertada para fazer face à inflação.

Dados publicados na quarta-feira, indicam que, no último mês, houve um crescimento no Índice de preços no consumidor de 5,4%, sendo este valor superior às estimativas dos economistas e aos 2% desejados pela Reserva Federal. 

De acordo com David Petrosinelli, a inflação encaminha-se para valores indesejáveis, e as pessoas assumem que a Reserva Federal irá fazer algo para resolver este problema. Desta forma, poderá ser forçada a retroceder com o Quantitave Easing, de uma forma mais acelerada do que o presidente da Reserva Federal dos EUA pretendia.

David Petrosinelli afirma também que, neste caso, o erro na política seria que a Reserva Federal não agiu de forma imediata, e que agora poderá ser forçada a recuar em demasia com o Quantitative Easing.

O receio dos investidores face à resposta da Reserva Federal é visível no mercado acionista, tendo em conta as oscilações que se verificaram. Na passada quarta-feira, o Dow Jones Industrial Average ($^DJI) teve uma quebra de cerca de 100 pontos antes de recuperar. De igual forma, o S&P 500 ($^GSPC), inicialmente, também registou algumas perdas, antes de ter um acréscimo de 0,7%.

Relativamente ao mercado obrigacionista, observou-se que os investidores reagiram aos dados publicados sobre a inflação, ao reduzirem as yields associadas a títulos de dívida pública de maturidade a partir de de sete anos, causando uma diminuição do spread de yields de títulos de dívida pública entre dois a dez anos.

Para além disto, o receio associado à inflação pode ter influenciado também a confiança dos consumidores e das empresas, apesar dos dados sobre a inflação de setembro indicarem que houve um crescimento de preços moderado, em relação a meados do ano.

Face ao exposto, os responsáveis pela política a executar discutiram um plano para reduzir a compra de ativos em 15 mil milhões por mês, apesar de vários preferirem uma redução mais acelerada. Para além disso, este processo poderá ter apenas início em meados de novembro ou dezembro.   

Autor: Mateus Fernandes

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