Como as marcas se vão encaminhando para o metaverso

Desde a mudança de nome do Facebook para Meta ($FB), o tema do metaverso tem estado nas bocas do mundo. São muitas as empresas a aderir a este universo virtual, desde marcas de roupa de luxo a empresas de softwares. A mais recente é a Nike ($NKE), que, em parceria com a Roblox, criou a “Nikeland”. 

Esta parceria permitiu à marca criar um mundo virtual baseado na sua sede, onde os participantes podem praticar atividades desportivas e competir com outros jogadores. A empresa afirma em comunicado que este lugar é para os seus fãs “se conectarem, criarem, partilharem experiências e competir”.

“Os edifícios e campos dentro da Nikeland são inspirados na sede da Nike na vida real e apresentam cenários detalhados para que a comunidade Roblox ponha à prova as suas capacidades, competindo em vários mini-jogos”, acrescenta a Nike.

Mas este é apenas um de muitos exemplos de marcas a navegarem em direção ao metaverso. Também a Microsoft ($MSFT) anunciou recentemente a sua entrada neste mundo, que segundo a própria empresa pode ser visto como “uma nova versão da internet”.

De facto, a empresa de softwares apresenta-se neste campo com o Mesh, uma nova funcionalidade do Microsoft Teams. Esta inovação permite aos trabalhadores que circulem em ambientes de trabalho virtuais, tomando a forma de avatares. 

A empresa diz que foi concebida para tornar as reuniões online mais pessoais e afirma que esta oportunidade “é também uma porta de entrada para o metaverso – um mundo digital persistente que é habitado por gémeos digitais de pessoas, lugares e coisas”.

A Microsoft anunciou que este projeto começará a desenvolver-se em 2022 e estará disponível para qualquer pessoa com um smartphone ou computador portátil.

Quem não quer ficar para trás são as marcas de luxo, que associam o crescimento dos NFTs e jogos sociais (jogos online onde os participantes são os avatares de pessoas) a oportunidades a curto prazo. 

Segundo um relatório da Morgan Stanley ($MS), estima-se mesmo que este projeto possa resultar em vendas adicionais para a indústria com potencial para atingir 50 mil milhões de dólares até 2030.

A Dolce & Gabbana, por exemplo, vendeu recentemente nove NFTs por 5,7 milhões de dólares. Não sendo este valor representativo nas vendas do grupo, demonstra bem o potencial dos bens de luxo virtuais.

Tendo sido uma das primeiras marcas de luxo a entrar neste espaço, a Gucci lançou uma coleção limitada através da Roblox. A entrada das marcas de moda de grande nome é bem vista pelos utilizadores do metaverso. Estes afirmam que a comercialização destes produtos lhes oferece a oportunidade de expressarem as suas personalidades no mundo virtual.

Segundo a Morgan Stanley, espera-se que todo o setor beneficie do metaverso, vendo as marcas de luxo “suave” (roupa, calçado, etc.), como a Kering ($KER.PA) (que inclui Gucci e Balenciaga) mais bem posicionadas que as marcas de luxo “duro” (jóias e relógios), “dada a demografia da marca do grupo e um avanço nas colaborações digitais inovadoras”, observou o relatório.

Autor: Bernardo Nogueira

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