Será que a TAP poderá ser vendida à Ibéria?

Desde a reversão da privatização da TAP em 2015, feita pelo primeiro governo de António Costa, a empresa tem enfrentado graves problemas financeiros, com sucessivos prejuízos que foram ainda  mais agravados pela crise pandémica que originou uma paragem quase total no setor da aviação.

Com a crise do Covid-19, o governo português decidiu intervir financeiramente na companhia e com a autorização da Comissão Europeia injetou cerca de 4 mil milhões de euros na companhia, para que sobrevivesse. No entanto, foi sempre afirmado que a companhia, depois de reestruturada e financeiramente estável, poderia voltar a ser privatizada, estando vários dos grandes grupos de companhias áreas, como o Air France/KLM, ou a Iberia/British Airways, com interesses afirmados na companhia.

Nos últimos tempos, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, tem afirmado a intransigência da companhia em ceder os 18 slots que a Comissão Europeia, e refere ainda uma complacência do governo português para com este acontecimento. 

Nas declarações dadas pelo presidente executivo da companhia irlandesa, é referido que a Iberia é a companhia que melhor se posiciona para alienar a TAP. No entanto, este negócio pode não ser benéfico para Portugal, uma vez que com os seus dois hubs no aeroporto de Barajas em Madrid e em Barcelona, a Iberia poderia descuidar o aeroporto da Portela e passar as rotas mais rentáveis de Lisboa para a capital espanhola. Referir que também esta semana, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, afirmou que a região Norte estava a ser ignorada pela TAP e que por isso deveria passar a escolher a Iberia para parceiro estratégico e o aeroporto de Madrid para as suas ligações internacionais.

Mesmo com o plano de intervenção na companhia, a TAP tem continuado a apresentar prejuízos, sendo esperado o regresso aos lucros apenas em 2025. Também, Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas, refere que depois de finalizado o plano de reestruturação da companhia, a empresa voltará aos lucros e será economicamente viável. Já este verão prevê-se o regresso a uma normalidade com a retoma de 85% das ligações comparado às ligações efetuadas em 2019.

Autor: Mário Costa

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