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Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, INE, a idade média para a reforma tem estado por volta dos 60 anos.
Mas, de há uma década para cá, este número tem vindo a crescer de uma forma exponencial, o que faz com que as pessoas trabalhem, em média, até aos 65 anos de idade.
Tendo em conta este número assustador, cada vez mais as pessoas procuram alternativas financeiras que não implique levar uma vida casa-trabalho, trabalho-casa, o chamado nine to six, vida essa que, na maioria das vezes, leva a uma remuneração insuficiente para fazer frente às despesas e ao lazer das pessoas.
Assim, surgiu nos Estados Unidos da América o Fire, um conceito para quem tem o sonho de viver livre de horários, de trabalhos chatos e de preocupações com dinheiro, podendo escolher o que fazer, quando fazer e como fazer.
F.I.R.E
O F.I.R.E, iniciais de “Financial Independence, Retire Early” é um movimento surgido ainda nos anos noventa, mas que ganhou força nos últimos anos nas tendências mais fortes em finanças pessoais.
Os seus maiores defensores são, claramente, a geração ‘millennial’, que já cresceu a trabalhar numa era digital e que tem novas formas de investimento à sua disposição.
Explicação do método
A ideia de base é conseguir gerir de tal forma os rendimentos de alguém que, após 15 ou 20 anos, consiga reformar-se antecipadamente, aos 40 anos.
Isto faz com que as pessoas, que quando chegam a um determinado valor, passem a viver só de rendimentos do que foi investido.
Para tal, é necessário constituir poupanças que possam ser investidas e depois associadas a outras estratégias que permitam aumentar rapidamente os ativos financeiros.
O mais comum é seguir a regra dos 4%, em que a pessoa só pode retirar no máximo 4% dos investimentos por ano para preservar o valor total de diminuir com o tempo.
Supondo que a pessoa quer ter um rendimento mensal de €1.000 (ou €12.000 por ano) e considerando uma taxa de retorno de 4% ao ano, bastará dividir €12.000 por 4%, o que dará um valor de €300.000. Ou seja, é esse o valor que terá de conseguir poupar em poucos anos.
Nalguns países, nomeadamente no sul da Europa, esta ideia parece uma miragem.
Contudo, de mudanças de hábitos radicais está o mundo cheio e, como tal, esta poderá ser uma boa opção para um futuro cada vez mais tecnológico e despegado de “tradições e costumes”..
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João Fonte, 20 anos, natural da Póvoa de Varzim. Atualmente frequento o 3º ano da licenciatura em Gestão na FEP e pretendo seguir mestrado em Finanças. Com um gosto particular pela aventura e a descoberta de novos horizontes, estou a realizar mobilidade internacional, através do programa Erasmus +, na School of Economics and Business Ljubjana. Dado o meu interesse pela área financeira, ingressei na Meu Capital em março de 2022. Tem sido uma experiência fantástica, através da qual tenho aprendido a saber gerir melhor o meu tempo e a aprender sempre mais sobre uma das áreas mais interessantes a nível mundial.
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