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Fonte da imagem: Exame.com

Uma das questões que surge mais frequentemente associada aos investimentos é o medo do risco, o que se traduz na habitual frase “quero ganhar muito dinheiro, sem o risco de o perder”. Se pensa desta forma, prepare-se para sentir a desilusão já que o potencial de ganho é diretamente proporcional ao potencial de perda e é mesmo assim que as coisas funcionam.
Se se sente com a mentalidade certa para ter ganhos acima do normal com os seus investimentos, prepare o seu estômago também para poder ter perdas acima do normal. Se não se sente confortável com isto, então não avance com o investimento.
Uma das estratégias mais habituais e eficazes para minimizar o risco de uma carteira de investimentos é a diversificação, o que significa que em todo o momento o seu portfolio inclui uma combinação de diferentes ativos (ações, obrigações, ouro, etc.) que irão passar individualmente pelas suas próprias subidas e descidas de valor mas que se equilibram uns aos outros já que é muito pouco frequente uma subida ou descida de todos os tipos de produtos ao mesmo tempo, apesar de tal poder acontecer, naturalmente.
É verdade que com esta estratégia de diversificação pode estar a perder o crescimento do mercado de ações, por exemplo, enquanto este atravessa uma valorização enorme, mas pense que é a mesma diversificação que o vai proteger de uma desvalorização gigante do mesmo mercado quanto este acontecer (e vai acontecer algum dia)!
 
Até agora já descobriu alguns pontos importantes, nomeadamente:
  • a importância de perceber o seu nível de risco
  • a mentalização de “se há probabilidade de ganho, há probabilidade de perda”
  • a relevância de uma carteira diversificada
Conhecer a sua tolerância ao risco é um passo fundamental assim que começa a investir, já que isto irá guiar o seu processo e servir de orientação sempre que começa um novo mês e está a reforçar as suas poupanças ou investimentos. Há inúmeras formas, fórmulas e sugestões para o cálculo deste risco além, claro, da sua própria intuição que, habitualmente, está errada já que é comum ser demasiado conservadora ou demasiado aventureira.
 
Sendo assim, vou deixar aqui  uma ideia de gestão de risco que me parece lógica e possível de ser adoptada por todos.
Tendo sempre em mente os investimentos de longo prazo, e sabendo que deve ter os investimentos mais arriscados durante tempo suficiente para ficar melhor protegido contra as variações do curto prazo, isto significa que o risco da sua carteira deve ser adaptado ao tempo que tem disponível, ou seja, o risco do seu portfolio deve diminuir à medida que a sua idade avança. Faz sentido?
 
A este dado vamos juntar o Synthetic Risk Reward Indicator (SRRI), um indicador que surge habitualmente nas informações dos nossos investimentos e que classifica os mesmos de acordo com o seu risco, e consecutivamente, o seu ganho potencial. Para os investimentos que não mencionarem especificamente o nível de risco, será possível obter ou calcular a volatilidade do mesmo facilmente e enquadrá-lo nesta tabela:
Assim, com estes dois indicadores (esperança média de vida e SRRI) em mente, criei a seguinte fórmula para calcular o nível de risco adequado ao seu portfólio em qualquer altura:
Para ser mais simples e intuitivo, vou mostrar em gráfico o comportamento da fórmula, para ver a evolução do nível de risco ao longo da vida de alguém nascido em 1985.
 
O que isto mostra é que o risco diminui de uma forma constante ao longo do tempo, indo desde o nível máximo ao início em que se é jovem e adolescente, em princípio sem grandes compromissos, passando depois pelo nível “intermédio” de 4 por volta dos 35 anos, altura em que tendencialmente já terá a sua vida muito orientada profissionalmente e pessoalmente, continuando a reduzir até ao nível 1, atingido perto dos 70 anos onde pretende ter descanso e poucas preocupações com os seus investimentos. Percebe a lógica desta fórmula? Em qualquer altura da sua vida apenas tem de fazer a conta e terá um indicador fiável e lógico de quanto risco deves correr.
 
Agora, quer isto dizer que se tem 35 anos e estás no nível 4 não pode ter investimentos de nível 7 (ações, por exemplo)? Claro que não!
Este nível de risco é o associado à sua carteira total de investimentos, ou seja, a média do nível de risco deve estar enquadrada com o resultado que obtém desta fórmula. Assim, se está no nível 4 mas tem 50% do teu portfolio em ações (tendencialmente, nível 7), deve ter os outros 50% da sua carteira em produtos muito seguros, de nível 1, para que se equilibrem um ao outro.
Ter o nosso nível de risco bem definido é essencial para o sucesso dos nossos investimentos e estará diretamente ligado ao resultado dos mesmos.
 
Existem, obviamente, outras fórmulas diferentes de cálculo e ainda a própria intuição do investidor mas esta é, para mim, a forma que faz sentido e que tenho aplicado. No final de contas, cada investidor saberá melhor do que ninguém, o seu nível de risco.
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