Investimento captado por vistos gold afunda 43% em janeiro

Fonte da imagem: Jornal Económico

O investimento captado pelos vistos gold em Portugal caiu mais de 40% durante o primeiro mês de 2023.

Segundo dados dos Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal, o SEF, em janeiro de 2023, no total foram investidos 43,4 milhões de euros devido aos vistos gold, uma queda de 43%, onde, se compararmos em termos homólogos com o último mês de 2022, essa queda é então de 45%.

Os dados mostram que em janeiro foram concedidos 93 vistos gold: 75 por via da aquisição de bens imóveis (31 tendo em vista a reabilitação urbana) e 18 por transferência de capitais, não havendo qualquer visto derivado da criação de postos de trabalho. 

O montante investido na compra de bens imóveis fixou-se nos 36,9 milhões de euros, dos quais 11,1 milhões de euros corresponderam à aquisição para reabilitação urbana. O restante valor, cerca de 6 milhões, refere-se ao critério de transferência de capitais.

Ao nível das nacionalidades dos investidores que viram ser atribuído um visto gold, é de destacar a ultrapassagem dos EUA (21 vistos) sobre a China (11), seguidos do Reino Unido e do Brasil (com 10) e do Líbano (8).

Aqui se mostra a importância que os vistos gold tiveram na captação de investimento para Portugal durante os últimos 10 anos. Este programa no total já atribuiu mais de 11 mil vistos, com 5.258 vistos atribuídos a cidadãos da China, 1.178 ao Brasil, 558 aos Estados Unidos, 547 à Turquia e 508 à África do Sul. 

Em termos de investimentos, a maior parte ocorreu por via da aquisição de bens imóveis, para onde foram atribuídos mais de 10.500 vistos, num montante total captado de mais de 6 mil milhões de euros. Destes, 545,2 milhões de euros dizem respeito à compra para reabilitação urbana, num total de 1.516 vistos concedidos.

O restante montante foi adquirido em termos de transferência de capital e por via de criação de emprego, com 718,7 milhões de euros captados, num total de 960 vistos que foram atribuídos.

Estes foram então os ganhos que os vistos gold trouxeram ao país.  Porém, o primeiro-ministro António Costa anunciou o fim do programa, considerando que o mesmo está a contribuir para a especulação que se tem verificado no mercado imobiliário, podendo ou não os atuais vistos serem renovados, “Quantos aos vistos gold já concedidos, (…) só haverá lugar à renovação se forem habitação própria e permanente do proprietário e do seu descendente, ou se for colocado o imóvel duradouramente no mercado de arrendamento”.

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