Ericsson reforça o papel do 5G na descarbonização

A Ericsson divulgou esta terça-feira um estudo que realça o papel do 5G na redução das emissões de dióxido de carbono na UE e no Reino Unido.

O tema “Alterações Climáticas” tem sido recorrente nas manchetes das últimas semanas, nomeadamente pela discussão e apresentação de propostas pelos países no contexto da COP26. No entanto, como apontado pelas críticas, não é claro como os países pretendem cumprir as ambiciosas metas estabelecidas, em particular para a redução das emissões de dióxido de carbono. Neste contexto, a tecnologia pode vir a ter um papel fulcral nas estratégias adotadas.

Nestes estudos é evidenciado o potencial das tecnologias digitais na colaboração com outros setores para a descarbonização. O 5G poderá, assim, acelerar o processo, permitindo às indústrias fazer melhor utilização dos dados de forma a melhorar processos internos, reduzir desperdícios e medir eficiência. Melhorias que podem ser concretizadas pela aplicação de sensores de eficiência, construção de smart buildings, aumento da eficiência energética e melhoria na produção de energia renovável. 

Também a McKinsey, num relatório publicado no final de 2020 estima que a ligação 5G nos quatro setores mais responsáveis pela emissão de dióxido de carbono – energia, transportes, indústria de produção e construção – poderá levar à diminuição das emissões entre 55 e 170 milhões de toneladas de CO2 por ano.  Quando comparados com outras medidas, os mesmos resultados seriam alcançados se fossem retirados 35 milhões de automóveis de circulação.

Tal como outros avanços tecnológicos, espera-se que o 5G abra caminho para novas oportunidades nas indústrias. Estes desenvolvimentos são comparados aos alcançados pelo 4G que despoletou a criação da economia das aplicações, lançando empresas focadas em dispositivos móveis como o Facebook, Netflix, Airbnb, etc.

Börje Ekholm, o CEO da Ericsson reforça a importância do papel do 5G para o cumprimento das metas de redução das emissões de carbono estabelecidas pelos países, nomeadamente pela UE e Reino Unido. Alerta ainda para a necessidade de acelerar o processo de implementação do 5G na europa, de forma a acompanhar outras regiões do mundo.

Ao adicionar o contributo do 5G à redução total de emissões por soluções relacionadas com a conectividade de rede móvel e fixa, que representarão pelo menos 40% das soluções até 2023, a UE poderá chegar a uma redução do total de emissões de 20% do total emitido em 2017. 

No entanto, apesar do potencial desta tecnologia, a fraca cobertura mundial do 5G poderá atrasar o processo. Segundo o último Mobility Report da Ericsson, no final de 2020 apenas 15% da população mundial era abrangida pelo 5G. Desta forma, o mundo tem ainda um longo processo de implementação da tecnologia pela frente, esperando-se que a cobertura aumente para 95% na América do Norte e Nordeste Asiático e para 80% na Europa.

Autora: Ana Rita Maia e Moura

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