O mundo amanheceu esta quinta-feira, dia 24 de fevereiro, com a notícia do início da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, sendo inúmeras as consequências deste acontecimento, nomeadamente a nível económico.
Os mercados financeiros reagiram imediatamente, e no início desta manhã verificou-se que o preço do petróleo disparou, a cotação do ouro subiu e as principais bolsas europeias entraram em terreno negativo, tendo em poucas horas sofrido descidas próximas a 3%.
O petróleo foi particularmente reativo a este acontecimento. Durante alguns momentos, a cotação por barril chegou mesmo a ultrapassar os 100 dólares, tendo os contratos futuros londrinos do Brent, que são para entregar em maio, registado um aumento de 6,3%, chegando, no início da manhã, a estar muito próximos desse valor.
O ouro revela-se como o ativo de refúgio neste momento de maior instabilidade, tendo a sua cotação subido cerca de 2%. Também a cotação do barril de crude West Texas Intermediate valorizou em 6,4%.
Contudo, nos principais mercados das bolsas mundiais o sentimento que se vive é negativo. No dia de ontem os índices em Wall Street demonstram sinais desse mesmo sentido, sendo que de acordo com a Reuters, a negociação da pré-abertura dos mercados em Nova Iorque também está a em baixa, com o Nasdaq 100 a cair 2,4%.
O mesmo se verifica nos mercados asiáticos. O índice de Xanguai, na China, caiu 1,7%; a bolsa de Tóquio, o Nikkei, fechou também a cair 1,81%; em Hong Kong, o principal índice recuou 3,6%; o Kospi sul coreano, caiu 2,6%; e também o índice de Shenzhen baixou 2,2%.
Na Europa o caminho é muito semelhante, com os principais índices em queda. Nesta manhã o FTSE 100 baixou 2,49%; o FTSE Mib caiu 3,49%; o Dax recuou 3,59%; o AEX apresentou uma descida de 2,8%; o CAC 40 desceu 3,48%; o Ibex 35 registou uma queda de 3,19%; e o Psi-20 ressentiu-se tendo já recuado 2%.
De acordo com o analista do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, neste momento, é impossível apostar em qualquer cenário, restando acompanhar de perto os últimos desenvolvimentos e estar pronto para mais volatilidade.
Ou seja, a evolução de toda a situação é ainda muito incerta, e quem sabe como os mercados e os preços poderão oscilar. O que mais estará para vir?
Autora: Ana Rita Ribeiro