Blockfi entra com pedido de falência

Com o colapso da bolsa de FTX várias empresas de capital de risco têm sofrido consequências, sendo o mais recente caso da BlockFi entrar com pedido de falência.

4 mil milhões de dólares

O pedido marca um desenrolar de vários meses de preparação para a BlockFi, sediada em Nova Jersey, liderada pelo presidente-executivo Zac Prince, a qual foi avaliada em 4 mil milhões de dólares numa ronda de captação de recursos que teve lugar no ano passado. 

Em julho, sofreu perdas em empréstimos para o fundo de hedge cripto falido “Three Arrows Capital”, levando a um resgate do Bankman-Fried no último verão. Contudo a própria FTX entrou em colapso no início deste mês, levando a BlockFi a interromper os empréstimos e retiradas de clientes. 

Agora, o credor é a mais recente empresa criptográfica de sucesso a desmoronar à medida que o colapso do império criptográfico de Bankman-Fried causa ondulações na indústria de ativos digitais. 

Decisão de terminar grande parte das atividades na plataforma

Na passada segunda-feira, dia 28 de novembro de 2022, a BlockFi afirmou “Esta ação segue os eventos chocantes em torno da FTX e entidades corporativas associadas e a difícil, mas necessária decisão que tomamos como resultado de pausar a maioria das atividades na nossa plataforma”. 

Relação com a FTX foi prejudicial

Acrescentou ainda que tinha uma exposição “significativa” à FTX e espera que qualquer recuperação de fundos da bolsa seja “atrasada”. A BlockFi tinha ativos e passivos de 1mil milhão a 10mil milhões de dólares, com mais de 100,000 credores, de acordo com os pedidos de falência no tribunal federal de Nova Jersey na segunda-feira. 

O credor é apoiado por uma lista de investidores relevantes, incluindo Bain Capital, Tiger Global, Coinbase, a empresa de capital de risco dos gemeos Winklevoss e Thiel’s Valar Ventures, que detém uma participação de 19%, de acordo com os registos. 

Depois de sofrer perdas no crash das criptomoedas nesta primavera, a BlockFi fechou um acordo com a FTX que incluía uma linha de crédito rotativo de 400 milhões de dólares da FTX e uma opção para a bolsa comprar a BlockFi a um “preço variável…baseado em gatilhos de desempenho”.

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Sara Nobre

Sara Nobre, 19 anos, natural da Guarda. Estudante de Economia na FEUC com um passado por Sociologia na mesma faculdade. Apaixonada pelo mundo financeiro e hoteleiro. Sem certezas para o seu futuro mas com a garantia de dar o seu melhor e tentar tirar o melhor proveito do que possa surgir, incluindo com a experiencia na MeuCapital.