Um grupo de acionistas da Tesla ($TSLA) colocou Elon Musk em tribunal, para que seja apurado se a compra da SolarCity pela Tesla ocorreu em benefício da empresa ou do seu CEO.
Em 2016, a empresa de veículos elétricos comprou por 2,6 mil milhões de dólares a, então à data, maior instaladora de painéis solares do país. Elon Musk detinha cerca de 22% da empresa fundada pelos seus primos e, na altura, era o maior acionista da mesma, levantando suspeitas de que aproveitou a sua força dominante na Tesla e forçou a compra da empresa para benefício próprio. No momento da compra, Musk era também dono de cerca de 22% das ações da Tesla.
O processo levado a cabo pelos acionistas afirma que Musk incentivou a Tesla a pagar mais do que estava inicialmente previsto pela SolarCity, escondendo aos acionistas as dificuldades financeiras que a mesma enfrentava.
Os acionistas da empresa exigem que o CEO da Tesla a indemnize no valor de 2,6 mil milhões de dólares – valor este gasto na aquisição da SolarCity. Segundo a imprensa norte-americana, este será o maior processo movido contra um gestor de uma empresa.
Por outro lado, Elon Musk defende que o processo de compra foi totalmente efetuado com o consentimento dos acionistas, deliberado pelo conselho de administração da Tesla e que não teve influência no procedimento, que foi apenas realizado para o bem da empresa e, assim, melhorar a sua resposta no que toca a serviços de energia, como por exemplo a produção de painéis solares.
No dia de ontem, 12 de julho, deu-se o primeiro de diversos depoimentos que Musk terá de efetuar. Depois de depor, este negou que o acordo foi um resgate à SolarCity, como os acionistas da Tesla haviam alegado. “Como foi uma transação ação-por-ação e eu possuía a mesma percentagem das duas empresas, não houve ganhos financeiros”.
Autor: Samuel Lourenço
