Vendas da Hermès no terceiro trimestre disparam 32,5%

O mercado retalhista de luxo continua a provar o seu crescimento. Mesmo com os vários alertas sobre uma possível crise e/ou os impactos sobre a produção em solo chinês, as marcas de luxo apresentaram lucros elevados no terceiro trimestre. 

Tal como o grupo LVMH, a Hermès, marca francesa de acessórios de luxo, alcançou no terceiro trimestre deste ano vendas de 3,1 mil milhões de euros, com um crescimento homólogo de 32,5%, ou de 24% se for descontado o efeito de variações cambiais.

Apesar das opiniões contraditórias dos vários analistas sobre o possível abrandamento do setor, as marcas de luxo mais conhecidas continuaram com o bom momento que têm vindo a sentir ao longo deste ano de 2022. Um possível abrandamento económico não preocupa os consumidores de bens de luxo e a Hermès revela assim, um aumento de lucros em todas as suas linhas de negócio.

Em termos anuais, no conjunto dos primeiros nove meses do ano, a faturação da Hermès ascendeu a 8,6 mil milhões de euros, com um crescimento homólogo de 30% (ou 24%, se descontado o efeito cambial).

A empresa registou um crescimento das vendas de 23% nas suas lojas próprias e de 26% no mercado retalhista geral, em lojas que vendem também outras marcas, o que segundo a Hermès reflete a retoma do comércio associado às viagens. O levantamento das restrições associadas à COVID-19 provocaram um aumento da afluência em loja, permitindo que os vários turistas de todo mundo possam consumir e experenciar a essência das suas boutiques. Turistas chineses e japoneses são considerados como muito relevantes para as boutiques de luxo nas grandes cidades europeias, dada a diferença cambial existente entre os preços nos seus países e os preços praticados na Europa.

O desempenho até setembro pautou-se por crescimentos das vendas de 21% no Japão, também de 21% no restante mercado asiático, de 28% nas Américas, de 28% em França e de 25% no resto da Europa.

No comunicado das vendas do terceiro trimestre a empresa apresenta-se como “empregador responsável”, lembrando que em janeiro deste ano aumentou os seus trabalhadores em França em 100 euros brutos (a somar aos aumentos salariais anuais que vêm sendo praticados), tendo em julho replicado esse aumento de 100 euros nos salários dos restantes funcionários na Europa. 

Em relação ao futuro, a Hermès demonstra-se confiante em relação às suas receitas. 

“De momento, não sentimos qualquer sinal de abrandamento nas suas linhas de negócio”, afirmou o Financial Controller da Hermès.

Como forma de aproveitar a sua reputação e conveniência, à semelhança do que fez a Louis Vuitton, a marca irá aumentar os seus preços com vista a manter a exclusividade ao acesso dos seus produtos e assim, acompanhar também o aumento dos custos administrativos perante os níveis inflacionistas que se fazem sentir na Europa.

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