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A gigante petrolífera Saudi Aramco apresentou lucros de 31,9 mil milhões de dólares nos primeiros três meses do ano, uma queda de mais de 19% em comparação com o mesmo período de 2022.
O boom do petróleo, verificado durante o ano passado, muito devido à crise na oferta provocada pelas sanções do Ocidente à Federação Russa, parece estar a terminar. A maior petrolífera do mundo a Saudi Aramco da Arábia Saudita, apresentou lucros de 31,9 mil milhões de dólares, pouco mais do que 29 mil milhões de euros, uma queda de 19,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2022.
Segundo informações da empresa estatal saudita, o principal motivo para este decréscimo nos lucros deve-se à queda dos preços do petróleo, sendo que, em comparação com o último trimestre de 2022, subiu 3,7%.
Desde 2022, com o início da invasão russa da Ucrânia, o preço do petróleo tem registado várias oscilações, muito devido à incerteza que a guerra tem trazido, nos últimos tempos os preços do petróleo caíram bastante, com os receios dos investidores de uma possível recessão, à medida que os bancos centrais dos Estados Unidos e de outros países sobem as taxas de juros para tentar controlar a inflação.
No entanto, fontes da empresa, falam que a empresa poderá ter proteção para estas flutuações: “a empresa está bem posicionada para resistir à flutuação dos preços das matérias-primas graças à sua produção de baixo custo”.
Isto prova que o facto de a empresa estar localizada numa das regiões com mais fontes de petróleo do mundo, que está localizado a pouca profundidade, lhe dá uma vantagem em comparação com os outros competidores.
Segundo o presidente da Aramco, Amin H. Nasser, “Os resultados refletem a elevada e contínua estabilidade da Aramco, concentração no custo e a nossa capacidade de reagir às condições do mercado à medida que geramos fortes fluxos de receitas e fortalecemos ainda mais os resultados”, garantindo que apesar de ser uma empresa ligada à produção de petróleo, garantiu que estavam a “trabalhar para reduzir ainda mais a pegada de carbono” da empresa.

Mário Costa, estudante do 1º ano do Mestrado em Finanças na FEP, Financial Content Writer na MeuCapital e Membro do Departamento de Corporate Finance no FEP Finance Club. É escuteiro desde os 9 anos e ao longo dos anos desenvolveu um forte interesse pela área financeira, tendo por a missão de contribuir para uma maior literacia financeira em Portugal.