É portuguesa e é a startup que pretende, através de uma plataforma de financiamento colaborativo por empréstimo (crowdlending), apoiar projetos sociais e ambientais. De acordo com o “Scaleup Portugal Report” – o relatório feito através da parceria entre Informa D&B, EIT Digital, BGI, Sempa/Next e Maze -, a GoParity integra o top 25 das startups mais promissoras de 2021.
Depois de ter terminado o ano de 2021 com uma comunidade de mais de 18 mil pessoas e empresas, de 69 nacionalidades, de ter financiado 142 projetos, num montante global de 10,4 milhões de euros, e, ainda, de lançar o primeiro projeto no Quénia, que está, agora, aberto a financiamento, a empresa portuguesa de investimento em projetos de sustentabilidade pretende alcançar os 38 mil utilizadores e um investimento total de 24 milhões de euros.
Segundo Nuno Brito Jorge, cofundador e diretor executivo da empresa, estes números devem-se, sobretudo, a “uma comunidade de investidores que, cada vez mais, acredita e vê os frutos dos seus investimentos, uma equipa qualificada e – acredito – motivada, a maior diversidade de projetos e geografias e a entrada da Mustard Seed Maze e da Critical Software no capital da empresa”.
Dos 10,4 milhões de euros emprestados, mais de 2,8 milhões de euros já foram devolvidos aos investidores (com juros), face aos 700 mil euros até 2020.
A GoParity atua nos mais diversos setores, indo desde a saúde, a educação e a agricultura à moda ecológica, à mobilidade elétrica, às energias renováveis, à economia azul ou à aquicultura. Desta forma, os investimentos realizados através desta plataforma, além de rentáveis, são também éticos e amigos do ambiente. A empresa indica que os projetos financiados evitam, todos os anos, a emissão de 22,2 mil toneladas de dióxido de carbono – “o equivalente à capacidade de absorção de um milhão de árvores“ -, tendo já “impactado positivamente 61 mil pessoas e criado mais de 4.500 postos de trabalho em 10 países do mundo”.
Ao que parece, o crescimento da comunidade coincidiu com o período pandémico e, de acordo com Nuno Brito Jorge, foi precisamente durante a pandemia que as pessoas começaram a ter uma maior consciência ambiental e, consequentemente, a procurar escolhas mais sustentáveis. “Apesar de tudo o que trouxe de mau, [a pandemia] mudou para melhor a forma como nos relacionamos (e o valor que damos) uns com os outros e com o planeta em que vivemos”.
O objetivo é, agora, atrair mais investidores para a plataforma e tornar “as finanças de impacto no novo normal”. Nuno Brito Jorge revela ainda que a GoParity já tem “projetos em fila de espera que representam um total de investimento de sete milhões de euros”.
Autor: Carolina Miguel Ferreira
