Qatargate: Antonio Panzeri irá implicar eurodeputados de vários países

Estamos perante mais um capítulo de um dos casos de corrupção mais flagrantes da história da União Europeia. O ex-eurodeputado, Antonio Panzeri, um dos principais suspeitos de corrupção no Parlamento Europeu, prepara-se para implicar mais eurodeputados de vários países, no escândalo de corrupção que ficou conhecido como “Qatargate”.

Qual é a gravidade deste caso?

O chefe da Transparência Internacional, Michiel van Hulten, já afirmou que o “Qatargate” se trata do caso mais flagrante de corrupção que o Parlamento Europeu experienciou nos últimos anos. Michiel van Hulten defende que o Parlamento Europeu criou uma cultura de impunidade, impulsionada por uma combinação de regras e de controlos financeiros deficitários, bem como, por uma inexistente falta de supervisão ética independente.

Contudo, devemos ter em consideração que por tudo a que temos assistido atualmente, este caso pode ser apenas uma “ponta do icebergue”, e que com ele podem surgir vários escândalos até agora desconhecidos.

Cooperação com as autoridades

Na semana passada, Antonio Panzeri, em troca de uma redução de pena, concordou com cooperar com os procuradores belgas, que investigam as alegadas tentativas do Qatar e de Marrocos de influenciarem as decisões das instituições europeias a seu favor, através do pagamento de subornos a eurodeputados e funcionários do Parlamento Europeu.

1,5 milhões de euros

Da investigação realizada pelas autoridades belgas resultou a apreensão de malas de dinheiro com um total de 1,5 milhões de euros, assim como, a prisão de quatro pessoas, as quais foram indiciadas pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação numa organização criminosa. 

Alguns dos nomes envolvidos no processo

Até à data, sabe-se que além de Antonio Panzeri, estão envolvidos no processo as seguintes pessoas: a ex-eurodeputada, Eva Kaili, o seu assessor e companheiro Francesco Giorgi, assim como, o líder da organização não-governamental “No Peace Without Justice” Niccolo Figa-Talamanca.

Retirada da imunidade parlamentar

As autoridades belgas solicitaram também a retirada da imunidade parlamentar a mais dois eurodeputados, o belga Marc Tarabella e o italiano Andrea Cozzolino, o qual já anunciou que está predisposto a renunciar à sua imunidade judicial.

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