A produção nacional representa entre 50% a 90% dos produtos que chegam às prateleiras dos supermercados em Portugal. Apesar da maioria das empresas não terem origem nacional, a qualidade dos produtos portugueses obriga a que as organizações de retalho alimentar se forneçam junto dos produtores portugueses.
Para a atração dos consumidores portugueses, os supermercados entram constantemente em acordo com os produtores nacionais de forma a obter produtos de qualidade, regionais e totalmente conservados pelos mesmos.
Assim, a fonte oficial do supermercado do Lidl Portugal afirmou que “o apoio à produção nacional é estrutural para o Lidl Portugal, assim como a garantia de um trabalho de proximidade com os seus fornecedores e produtores nacionais, privilegiando parcerias de longo prazo”.
“Nesse sentido, em 2021, mais de metade dos artigos comprados pelo Lidl Portugal (cerca de 56%) foram a fornecedores nacionais, valor semelhante ao do ano anterior”, afirmou fonte oficial do supermercado, em resposta à Agência Lusa. No que se refere à preferência dos consumidores, o Lidl realçou que se verifica uma maior preocupação com a sustentabilidade e biodiversidade, o que leva ao aumento da procura pelos produtos nacionais, uma vez que apresentam “maior frescura, menor tempo de deslocação e usufruto dos artigos da época”.
Outro exemplo disso são as Lojas Minipreço, que atingiram a marca dos 93,81% dos produtos a serem produzidos em Portugal em 2021. Desta forma, foram a cadeia de supermercados que mais recorreu aos produtores nacionais em nesse ano.
Por conseguinte, a riqueza criada pela agricultura ascendeu a 3.500 milhões de euros em 2021, valor que está em queda desde os anos 80, década em que gerava mais do dobro da riqueza atual, segundo dados compilados pela Pordata.
Por região, a agricultura tem maior relevância económica no Alentejo e nos Açores, representando 8,8% e 6,8% do produto interno bruto (PIB), respetivamente.
No entanto, é importante para a economia nacional que os supermercados continuem a demonstrar a entidade nacional perante os seus consumidores, na medida em que continuem a apoiar a produção portuguesa e os pequenos produtores que, apesar de pequenos, conseguem apresentar produtos de qualidade e que caracterizam a bandeira portuguesa.
