O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, cresceu 11,9% no primeiro trimestre face ao período homólogo, revelou o Instituto Nacional de Estatística em comunicado sobre as Contas Nacionais Trimestrais. Esta evolução demonstra o impacto das medidas de combate à Covid-19 que, no mesmo período de 2021, se encontravam em vigor. Em 2022, a situação pandémica melhorou e de janeiro a abril, houve um alívio de medidas que permitiram o crescimento e desenvolvimento da economia portuguesa em vários setores de atividade.
Em destaque para esta evolução esteve o contributo da procura interna, destacando-se o crescimento mais acentuado do consumo privado. Da mesma forma, o contributo positivo da procura externa líquida para a variação no mesmo período do PIB também aumentou, verificando-se um abrandamento em volume das Importações de Bens e Serviços e uma ligeira aceleração das Exportações de Bens e Serviços, refletindo a expectável recuperação da atividade turística.
Segundo a análise do INE, “comparando com o 4º trimestre de 2021, o PIB aumentou 2,6% em volume (crescimento em cadeia de 1,7% no trimestre anterior), verificando-se um contributo mais positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, em parte motivada pela aceleração do consumo privado, enquanto o contributo da procura externa líquida se manteve ligeiramente positivo”.
Concluindo, a economia portuguesa encontra-se em crescimento e está previsto pelo Banco de Portugal que continue a escalar, embora o Conselho das Finanças Públicas já tenha revisto esse valor em baixa para 4,8%. Todavia e apesar do impacto da inflação e da invasão que se mantém ao longo destes últimos dois meses, o intuito é que a economia possa continuar a crescer e que a normalidade se instale ao contrário do que aconteceu no mesmo período em 2021, onde a pandemia e os contágios estavam a limitar a atividade económica e permitiram que houvesse mais processos de insolvência do que aumento de receitas.
