Portugal tem 6 unicórnios. Saiba quais são!

A Sword Health é o mais recente unicórnio português, após fechar uma ronda de investimento de 189 milhões de dólares, ou seja, cerca de 168 milhões de euros. Portugal tem, agora, seis unicórnios com ADN português.

O que é, então, um unicórnio?

Unicórnio é o termo utilizado para descrever uma empresa privada que, em fase de arranque e antes de ser cotada em Bolsa, é avaliada em mais de mil milhões de dólares.

O termo foi utilizado pela primeira vez pela capitalista de risco Aileen Lee – fundadora da Cowboy Ventures, um fundo de capital de risco em fase de arranque, sediado em Palo Alto, Califórnia – por brincar com a ideia de que este tipo de empresa seria extremamente raro. Nas palavras da própria, “sabemos que não é perfeito – os unicórnios aparentemente não existem (…). Mas gostamos deste termo porque alude a algo raro e mágico”. 

Em Portugal, há, então, seis unicórnios:

  • Farfetch, uma plataforma de venda de moda de luxo online que nasceu em 2007, altura em que a grande maioria destas compras era feita através das boutiques de rua. O estatuto de unicórnio foi atingido em março de 2015 – depois de a Farfetch ter concluído uma ronda de investimento de 86 milhões de dólares (cerca de 76,4 milhões de euros) – e a estreia na Bolsa de Nova Iorque, com o ticker symbol  ($FTCH), deu-se em setembro de 2018 – depois do reforço da aposta no mercado asiático e da abertura de mais escritórios em vários países, incluindo Portugal.
  • OutSystems, a tecnológica liderada por Paulo Rosado, que se especializou no desenvolvimento de plataformas low-code (plataformas cujas aplicações utilizam o mínimo de código possível). Nasceu num pequeno escritório em Linda-a-velha, em 2001, e entrou para o “clube dos unicórnios” em julho de 2018, graças a uma ronda de investimento de 360 milhões de dólares (cerca de 319,7 milhões de euros) do fundo de investimento norte-americano KKR e da plataforma de investimento do Goldman Sachs
  • Talkdesk, uma plataforma que permite às empresas a personalização do atendimento telefónico aos clientes. Fundada em 2011 por Tiago Paiva e Cristina Fonseca, foi apresentada internacionalmente, pela primeira vez, em 2012, em Nova Iorque, num evento para startups realizado pelo portal tecnológico TechCrunch, um dos mais reputados do setor. Depois de receber 100 milhões de dólares (cerca de 88,8 milhões de euros) numa ronda de investimento série B, liderada pelo fundo norte-americano Viking Global, passou a ter uma avaliação de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) e, em outubro de 2018, atingiu o estatuto de unicórnio.
  • Feedzai, a startup de tecnologia financeira liderada por Nuno Sebastião, que, em março de 2021, captou 200 milhões de dólares (cerca de 177,6 milhões de euros) numa ronda de investimento liderada pela KKR, ficando assim avaliada em mais de mil milhões de dólares (842,9 milhões de euros). Com sede fiscal em Coimbra, a Feedzai recorre a inteligência artificial e machine learning (capacidade de aprendizagem dos sistemas a partir de dados) para ajudar instituições financeiras a identificar e prevenir atividades ilegais, como fraudes nos pagamentos ou branqueamento de capitais.
  • Remote, a startup que ajuda as empresas a simplificar os processos de contratação em ambiente remoto. Fundada em janeiro de 2019 por Marcelo Lebre  e Job van der Voort, a Remote fechou, em julho de 2021, uma ronda de financiamento, liderada pela Accel, de 150 milhões de dólares (126,4 milhões de euros), ficando a valer mais de mil milhões de dólares (842,9 milhões de euros) e tornando-se, assim, oficialmente, um unicórnio.
  • Sword Wealth, a empresa que criou uma solução digital para o tratamento de patologias músculo-esqueléticas, que está a ser usada em vários mercados, nomeadamente nos Estados Unidos. Criada em 2015 por Virgílio Bento e com sede tecnológica no Porto, a Sword Wealth fechou uma ronda de investimento série D de 189 milhões de dólares (cerca de 167,9 milhões de euros). Está avaliada em 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,8 mil milhões de euros), é o sexto unicórnio com ADN nacional e a startup portuguesa mais rápida a atingir o estatuto de unicórnio.

De acordo com o Secretário de Estado português para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, “em termos de rácio de unicórnios por milhão de habitantes, [Portugal tem] mais de duas vezes o que têm por exemplo a França ou a Alemanha, o que demonstra que, à nossa escala, estamos com uma performance de ecossistema melhor”. 

Autora: Carolina Miguel Ferreira

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