A luso-britânica Farfetch e a suíça Richemont encontram-se em conversações avançadas sobre a fusão das suas plataformas de comércio online, resultando na valorização das ações de ambas as empresas.
Farfetch compra participação na Yoox Net-a-Porter
A parceria entre a Farfetch e a Richemont teve início em 2020, quando a Richemont comprou parte da Farfetch China, criando uma joint-venture (parceria comercial), onde a Alibaba também teve participação. Deste acordo entre as três, a Richemont e a Alibaba tiveram de adquirir 600 milhões de euros de letras convertíveis emitidas pela Farfetch e ainda 25% da Farfetch China. As letras são documentos que representam direitos e deveres e que podem ser comprados e vendidos, mas não são valores mobiliários, de acordo com a CMVM.
É ainda relevante referir que estas empresas tratam da comercialização de produtos de luxo e que a China é o terceiro maior mercado do mundo de produtos de luxo, encontrando-se em expansão.
Na sexta-feira passada, dia 12 de novembro, a Richemont anunciou que está em conversações avançadas com a Farfetch, para que esta última dê entrada no capital da Yoox Net-a-Porter Group (empresa subsidiária da Richemont), sendo uma participação minoritária.
Valorização das ações
Após o anúncio da parceria com a rival, as ações de ambas foram valorizadas. A Farfetch (FTCH) encerrou a sessão de Wall Street desta sexta-feira com uma valorização de quase 18% (17,66%) para os 46,38 dólares, i.e., 40,45 euros por ação, enquanto que a Richemont (CFR), cotada no índice de mercado suíço (SMI, Swiss Market Index), aumentou 10,88% para os 136 francos suíços, i.e., 129 euros por ação.
Por fim, de acordo com o Yahoo Finance, é aconselhável comprar as ações da Farfetch durante este mês de novembro, porque apresenta um índice de recomendação de 2,1 (comprar), onde 1 representa comprar a ação com confiança (pois os analistas esperam que o desempenho seja acima da média no curto prazo) e 5 representa vender a ação.
Autor: João Sarilho
