Petróleo cai com olhos postos na China e no Irão

Os preços do “ouro negro” seguem, no início desta semana, em terreno negativo, com destaque para a preocupação que os investidores vivem face à procura chinesa e à possibilidade da maior oferta iraniana.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, aquele que serve de referência para as importações europeias, segue a cair 1,56% passando para os 96,62 dólares por barril.

Já o West Texas Intermediate (WTI), que funciona como benchmark para os Estados Unidos da América, vê-se a recuar 1,61% atingindo os 90,61 dólares por barril de Brent.

Um dos fatores que leva a esta queda é o de o banco central da China ter decidido proceder ao corte das taxas de juro (que servem de referência para os empréstimos), tendo subjacente na sua decisão uma estratégia de apoio à sua economia, que ainda se encontra bastante fragilizada pela pandemia da Covid-19. 

A procura por petróleo por parte do país com capital em Pequim, no mês passado, foi 10% mais baixa do que no mesmo período do ano passado, o que representa, neste caso, um substancial arrefecimento de uma das maiores economias mundiais.

Segundo Vandana Hari, fundadora do Vanda Insights, os mais recentes confinamentos na China têm tido um grande peso na procura, para além, já, das preocupações existentes com uma recessão de escala global, enquanto as preocupações com a oferta também se reduziram. 

Um dos fatores que mais alimenta este sentimento de preocupação é a possibilidade de que haja um regresso do petróleo iraniano.

O processo para a retoma do acordo nuclear com o Irão parece estar já a avançar, com um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Iranianos a indicar que já existe uma base para a assinatura de um acordo desta espécie, “num futuro muito próximo”, após se terem observado progressos “consideráveis” nas últimas negociações entre os países.

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