Papel dos EUA e da China no combate às alterações climáticas

Numa semana marcada pelo início da COP26 (26ª conferência das nações unidas pelo combate às alterações climáticas, a qual está a ocorrer em Glasgow), é importante perceber qual o papel destas duas economias naquela que é uma das maiores ameaças nos dias de hoje.

De acordo com os dados disponíveis no website EIA (Energy Information Administration), no ano de 2020, os combustíveis fósseis representaram uma parcela de 79% do energy mix, no âmbito das fontes de energia primária (i.e., a energia que é retirada diretamente da natureza, sem qualquer tipo de tratamento ou transformação). No caso da China, o principal emissor de dióxido de carbono (e de outros gases de efeito de estufa) a nível mundial, os combustíveis fósseis apresentaram um peso de 85,2% do cabaz energético, sendo que 57% correspondem ao consumo de carvão, considerado o combustível fóssil mais poluente.

Relativamente às energias renováveis, estas apresentaram, também no ano de 2020, um peso de 12% e de 5,4% no energy mix dos EUA e da China, respetivamente, segundo o relatório BP Statistical Review of World Energy 2020.

Voltando à COP26, o presidente da China, Xi Jinping, foi uma das ausências na conferência. Em alternativa, o mesmo submeteu um relatório com compromissos e metas estabelecidas no combate às alterações climáticas. No entanto, de acordo com vários analistas, as referidas metas ficaram abaixo das expectativas, com especial destaque para medidas a implementar no curto prazo.

Relativamente ao papel dos EUA na cimeira do clima em Glasgow, o presidente Joe Biden comprometeu-se a aplicar medidas com vista à redução de metade das emissões de carbono até 2030, com o intuito de atingir a neutralidade carbónica em 2050. De notar, ainda, que o atual presidente americano reverteu a decisão da Administração do ex-presidente, Donald Trump, e fez com que os EUA regressassem ao Acordo de Paris, no qual os governos signatários se comprometeram a evitar que o aumento médio da temperatura global não superasse, idealmente, 1,5 graus Celsius.

Assim, este tipo de iniciativas ganha mais ênfase e urgência com o decorrer do tempo, bem como a aplicação de medidas concretas e incisivas. Segundo a ONU, as mais recentes estimativas apontam para que, no final do corrente século, o aumento médio da temperatura global se situe na casa dos 2,7 graus Celsius.

Autor: Alexandre Lima

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