O que é COP26 e por que é tão importante?

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26) começou ontem, 31 de outubro, em Glasgow, no Reino Unido, e será até 12 de novembro.

A cimeira da COP26 reunirá as partes para acelerar a ação em direção aos objetivos do Acordo de Paris e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.

Espera-se que os países participantes – desenvolvidos e em desenvolvimento – tenham debates acalorados sobre a prevenção do aquecimento global e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O evento acontece à sombra de desastres naturais, por todo o mundo, cada vez mais frequentes, como níveis recordes de calor neste verão, além de incêndios florestais e inundações provocadas por fortes chuvas.

A meta do acordo de Paris de 2015 é limitar o aumento da temperatura ao teto máximo de 2ºC em relação aos níveis da era pré-industrial e, idealmente,  limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.  De acordo com os cientistas, a temperatura global já subiu 1,1 ° C acima dos valores de referência.

Na COP26, um dos principais focos será uma meta ainda maior na diminuição de emissões de gases de efeito estufa em 2030. As metas de país legalmente obrigatórias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa são chamadas de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).

A China, o maior emissor anual do mundo, ainda não apresentou formalmente sua meta atualizada. Em setembro de 2020, anunciou a intenção de “atingir o pico das emissões de dióxido de carbono por volta de 2030” e ser neutra em carbono até 2060.

Os EUA, o segundo maior emissor numa base anual, mas o maior historicamente, elevaram suas ambições sob o presidente Joe Biden. Ele estabeleceu uma meta para toda a economia de reduzir as emissões líquidas de gases do efeito estufa em 50-52 por cento abaixo dos níveis de 2005 até 2030.

O compromisso português, era em 2015, uma redução das emissões carbónicas em 40 por cento até 2030. Agora, esse compromisso consiste numa redução de 55%.

O ministro do Ambiente e Ação Climática admitiu estar pouco otimista quanto à próxima cimeira do clima da ONU, notando que alguns dos países mais significativos ainda não se comprometeram com objetivos mais ambiciosos de combate às alterações climáticas.

De acordo com João Pedro Matos Fernandes, só será possível cumprir os objetivos do combate às alterações climáticas se alguns países assumirem “compromissos mais ambiciosos”.

Autora: Jacinta Silva

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