A agência de rating Moody’s revelou uma descida na estimativa de crescimento da Zona Euro para 2,5% em 2022. Tal representa menos 3 décimas que a anterior, devido ao impacto do conflito na Ucrânia.
No último relatório macroeconómico, publicado esta quinta-feira, a Moody’s aumentou a previsão para 2,3% em 2023 (mais uma décima). Este relatório coloca a Europa como a região mais afetada pela guerra na Ucrânia, devido à sua proximidade do fornecimento de energia por parte da Rússia. Isto porque, um corte no abastecimento obrigaria ao racionamento de energia entre setores, levando a uma possível recessão.
A agência de rating ainda acrescenta que o conflito contribui tanto para aumentar as pressões inflacionistas como para moderar a atividade económica. Por esta razão, reduziu as previsões de crescimento para Itália (para 2,3% em 2022, menos nove décimas) e França (para 2,2% em 2022, menos meio ponto percentual).
Para além da Zona Euro, a Moody’s diminui as estimativas de crescimento para as economias avançadas e em desenvolvimento devido também ao impacto da guerra, ao efeito da inflação no poder de compra dos consumidores e ao abrandamento da economia chinesa.
As economias dos países em desenvolvimento crescerão 3,8%, menos quatro décimas, e as das economias avançadas 2,6%, menos seis décimas.
A Moody’s também reduziu a previsão de crescimento para a economia americana, que possivelmente crescerá 2,8% (menos nove décimas), a China 4,5% (menos sete décimas) e a Índia 8,8% (menos três décimas).
Para a agência de rating, os fatores principais para o futuro são a evolução do conflito na Ucrânia, a forma como a política monetária é apertada e a trajetória futura da economia chinesa.
Autor: Francisco Antunes