Em Portugal, o mercado de smartphones caiu 3,9% no ano passado, face a 2021, “para 2,5 milhões de unidades, ou 934 milhões de euros”.
No ano de 2022, foram vendidos 2,5 milhões de smartphones em Portugal, um valor inferior ao registado em 2021 e que a IDC, explica pelo facto de a maioria dos consumidores e empresas se ter concentrado na aquisição de computadores e tablets, para que pudessem responder às necessidades do trabalho a partir de casa.
De acordo com Francisco Jerónimo, vice-presidente da IDC na Europa, para a área dos dispositivos móveis, “durante a pandemia, o mercado assistiu a uma queda significativa nas vendas de smartphones, uma vez que o foco da maioria dos consumidores e empresas foi adquirir computadores e tablets para fazer face às necessidades do trabalho a partir de casa”.
A verdade é que a pandemia não só introduziu o trabalho remoto, como fez com que muitas empresas passassem a adotar um regime de trabalho em formato híbrido, com deslocações pontuais ao edifício da empresa.
De acordo com o vice-presidente da IDC, “a taxa de penetração dos smartphones está já acima dos 85%, pelo que a performance desta categoria está relacionada com os ciclos de substituição de smartphones”.
De acordo com a IDC, as empresas líderes em Portugal foram a Samsung, com 42,3% da quota de mercado, seguida da Xiaomi (23,3%) e da Apple (16,6%).
As vendas de smartphones recuaram 5% em 2018, 4,7% em 2019 e, em 2020, registaram uma queda de 8%. No ano de 2021, verificou-se um aumento das vendas de 8,4%, mas no ano passado voltaram a cair, desta vez, 3,9%.
Francisco Jerónimo acrescenta ainda que o mercado dos smartphones “tem estado em queda há já alguns anos”, sendo que “a taxa de penetração dos smartphones está já acima dos 85% da população, pelo que qualquer venda seja uma substituição de terminal e não um novo utilizador.”
A IDC é uma empresa independente de Research, Advisory e Consultoria que analisar o mercado de um modo global e local.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.
