Manifestantes invadem sede da Bolsa de Valores de Paris

Mais uma semana se passou e mais uma vez a França foi palco de enormes protestos e manifestações devido à nova lei que aumenta a idade da reforma, desta vez os manifestantes invadiram a sede da Bolsa de Valores francesa.

Não está a ser nada fácil os últimos tempos em França para Emmanuel Macron, desde que aprovou a nova lei de pensões francesa, que passa a idade da reforma dos atuais 62 para os atuais 64, que a contestação social não para nas ruas francesas

O presidente decidiu promulgar a lei, sem ser necessário o voto da Assembleia da República francesa, aproveitando o facto da lei francesa o permitir, por esta ser uma República semi-presidencialista, uma vez que que seria muito difícil a lei ser aprovada pelos deputados, já que uma grande parte dos partidos políticos se mostraram contra este aumento da idade da reforma.

O facto desta lei não ter seguido o caminho normal das leis em França, ou seja, ter sido aprovada mesmo com uma maioria de deputados em contra da mesma, tem levado os franceses às ruas com várias semanas de manifestações, protestos e greves gerais. Esta semana os manifestantes invadiram a sede da Euronext, onde está situada a Bolsa de Valores, símbolo do mercado financeiro em Paris.

No total, eram cerca de 300 manifestantes, dos setores ferroviários e de outros que têm feito greves gerais durante as últimas semanas. 

O ato foi simbólico, uma vez que os manifestantes entraram no edifício, acionaram os alarmes e deixaram o local passado poucos momentos. Não foram feitas quaisquer detenções, nem foram detectados atos de vandalismo, ao contrário do que tinha acontecido na semana anterior nas sedes da BlackRock, uma das maiores imobiliárias do mundo e da Louis Vuitton, uma importante marca de luxo.

O principal motivo para esta contestação é o facto de que o presidente francês ter aprovado uma medida que levará ao aumento da idade da reforma para os 64 anos em França, a sustentabilidade da segurança social é apontada como a razão principal que leva a esta medida, só em 2018, o país gastou 14% do seu PIB em gastos com Segurança Social, bem mais que outros países europeus.

Na semana passada, as negociações entre o governo e os representantes sindicais terminaram rapidamente e sem nenhum avanço, sendo por isso esperado que as manifestações continuem durante os próximos tempos.

DEIXA UM COMENTÁRIO

Por favor, envie o comentário!
Por favor, escreva o seu nome aqui

spot_imgspot_img

Últimas notícias

Receba o ebook "Os primeiros investimentos" GRATUITAMENTE

Basta carregar no botão abaixo

Artigos Relacionados

spot_imgspot_img