Os CTT ($CTT.LS) encerraram o primeiro trimestre de 2022 com um resultado líquido de 5,4 milhões de euros, traduzindo-se numa queda de 38,1% em relação aos 8,7 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.
Segundo o anexo publicado pelos CTT, o grupo indica que a desaceleração do e-commerce e a expansão da capacidade para preparar o crescimento afetaram a rentabilidade da organização no primeiro trimestre de 2022.
Por outro lado, resultados como o avanço do Banco CTT (mais 6,9 milhões de euros, traduzindo-se em mais 32,5%) e o desempenho do negócio de Correio e Outros (mais 24,9 milhões de euros, traduzindo-se em mais de 22,9%) aceleram a tendência que se tem verificado desde o 3 trimestre de 2021.
Em relação às restantes áreas de negócios que a entidade se insere e segundo os dados revelados pelo líder João Bento, destacam-se nomeadamente o Expresso e Encomendas (-2,1 milhões de euros; -3,3%) e os Serviços Financeiros e Retalho (-0,2 milhões de euros; -1,7%) que apresentaram decréscimos nos seus rendimentos. Pelo contrário, o principal contribuinte para as receitas do grupo foi o setor dos correios, contabilizando 133,5 milhões de euros, refletindo-se num aumento de quase 23% face ao mesmo período de 2021.
Os CTT alertam ainda que “os riscos identificados aquando do anúncio de resultados do exercício de 2021, no momento da divulgação do ‘guidance’, permanecem ativos e o 2T22 ainda será penalizado por fatores macroeconómicos, quando comparado com março de 22”.
Todavia e através das provisões efetuadas pelos CTT em comunicado sobre os resultados do primeiro trimestre de 2022, a organização continua a construir capacidade para lidar com a procura futura que antevê e, apesar dos tempos difíceis que todos enfrentamos, não descarta a possibilidade de “alcançar no exercício de 2022 um EBIT dentro do intervalo de 65-75 M€”.
