Lucros da Galp crescem 86% nos primeiros nove meses de 2022

Os lucros da Galp subiram 86% para 608 milhões nos primeiros nove meses do ano face ao mesmo período do ano passado. Tendo em conta apenas o terceiro trimestre deste ano, os lucros cresceram 16% para 187 milhões de euros.

Todos os segmentos de negócio apresentaram “um forte desempenho”, mas o aumento dos preços do petróleo e o negócio de refinação ajudam a explicar os resultados. Até setembro, as margens de refinação subiram para 12,4 dólares por barril, o que compara com 2,8 dólares por barril há um ano.

De acordo com o ainda presidente da Galp Energia, Andy Brown, “durante o trimestre, a Galp registou uma forte série de resultados baseada numa forte performance operacional, à medida que continuamos a capturar o forte, mas volátil ambiente macroeconómico. O nosso EBITDA [trimestral] ficou perto dos 800 milhões de euros e o nosso cash flow das operações superou os mil milhões”. 

Embora estes resultados tenham ficado àquem das análises realizadas pelos vários analistas e dessa forma, os mercados financeiros fizeram-se sentir. A abertura do mercado no início da semana registou uma queda superior a 5% das ações da Galp.

Em termos trimestrais, o lucro de julho a setembro foi de 187 milhões de euros, o que representa um abrandamento face aos 265 milhões de euros dos três meses anteriores. A explicar este abrandamento de 29% está um efeito de inventário, mas também pela introdução do mecanismo ibérico que ajuda a conter os preços do gás e conteu assim também as receitas da empresa.

Especificando, o negócio comercial (que inclui a venda de combustível nas bombas) registou um EBITDA de 256 milhões de euros nos primeiros nove meses, um aumento homólogo de 12%. Em termos trimestrais, a subida homóloga foi de 18% para 103 milhões de euros. Já o fornecimento de gás natural e gás natural liquefeito (GNL) recuou 21% para 41,9 terawatts hora, “limitado pelas restrições de gás natural na origem e o ambiente europeu desafiante no gás natural”.

Globalmente, ao contrário do que aconteceu no segundo trimestre, agora todas as áreas de negócio tiveram um contributo positivo, exceto a de novos negócios que continua a dar prejuízo, que se agravou para 17 milhões no terceiro trimestre.

Em relação ao futuro, Andy Brown, demonstra-se otimista com o seu último trimestre enquanto líder máximo.

“Dada a qualidade excecional da equipa da Galp e dos seus ativos, estou confiante que a empresa vai continuar a transformar, descarbonizar e crescer com lucros. Durante o meu tempo a liderar a Galp, que vai continuar até ao fim do ano, vi a Galp a desenvolver-se para se tornar numa companhia mais aberta, dinâmica e rentável, adaptando o seu portefólio às energias limpas do futuro”.

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