EUA liberta petróleo das suas Reservas

Joe Biden anunciou, recentemente, que os EUA irão libertar 50 milhões de barris de petróleo das suas reservas, de forma a baixar os preços dos combustíveis. Esta estratégia para controlar o aumento dos preços dos combustíveis, será feita não só nos EUA, mas também noutros países como a China, índia, Japão, Coreia do Sul, e o Reino Unido. Deste modo, o Reino Unido e a Índia irão libertar 1,5 e 5 milhões de barris de petróleo, respetivamente, e no que diz respeito aos outros países, ainda não foram confirmadas as quantidades de petróleo que serão disponibilizadas.

Neste seguimento, analistas mencionaram que esta foi a primeira vez, em muito tempo, que a China tomou medidas tão drásticas para controlar os preços do petróleo. Assim, a grande preocupação será, como é que a OPEC+, grupo de exportadores de petróleo, poderá reagir a estas medidas. Bjornar Tonhaugen, chefe do departamento de mercados petrolíferos no Rystad Energy, refere que se esta medida for vista como excessiva, o grupo OPEC+ poderá reduzir a sua oferta para que os seus lucros não sejam afetados.

De igual forma, esta foi também a maior medida realizada pelos EUA, para controlar os preços do petróleo, uma vez que, nunca tinha sido registado um aumento de oferta de petróleo bruto neste montante, ultrapassando o momento em que foram distribuídos barris de petróleo durante a Guerra Civil da Líbia em 2011, que causou um aumento nos preços de petróleo bruto. Não obstante, também foi referido por analistas que, esta medida, poderá não ter efeito desejado por Biden nos preços, podendo considerar-se um mau uso das reservas de emergência.

Assim sendo, os EUA irão proceder com a emissão de 32 milhões de barris nos próximos meses como parte de uma troca, permitindo o reabastecimento das suas reservas mais tarde. A restante quantidade que será emitida, está associada à venda de petróleo já, anteriormente, autorizada pelo Congresso e esperada pelo mercado.

Em relação aos outros membros da OPEC+, como a Arábia Saudita e Rússia, verificou-se que têm recusado, constantemente, petições dos EUA para aumentar a sua oferta de petróleo. Assim, o aumento dos preços dos combustíveis surgiu ao mesmo tempo que era expectável que o volume de petróleo emitido seria inferior ao que era esperado.

Neste momento, Biden enfrenta uma grande pressão política para controlar os preços dos combustíveis, e outros bens afetados pela inflação. Jennifer Granholm, secretária do departamento da Energia dos EUA, procurou colocar a culpa do aumento dos preços nos produtores de petróleo, afirmando que têm tido elevados lucros e não têm aumentado a sua produção, com o desenvolvimento da crise pandémica.

 Autor: Mateus Fernandes

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