Carro elétrico: compensa?

O carro elétrico é cada vez mais popular em Portugal, muito devido ao facto do preço dos combustíveis estar cada vez mais alto – e sem perspetivas de descer.

De acordo com a UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, só em janeiro do presente ano, foram vendidos mais de 2.405 veículos eletrificados, entre totalmente elétricos e híbridos plug-in: um crescimento de 68,9% em relação a janeiro de 2021. Se forem considerados apenas os veículos 100% elétricos, o número de unidades comercializadas quase triplica.

No final de 2021, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) divulgou as novas tarifas da Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica (EGME) – a Mobi.e – a aplicar em 2022. As informações não foram nada animadoras para os utilizadores de automóveis elétricos: foi decidido subir a taxa aplicada aos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e aos operadores de pontos de carregamento (OPC) em 79%: a tarifa passou de 0,1657 para 0,2964 cêntimos por carregamento. O Ministério do Ambiente e da Ação Climática decidiu “anular” este aumento, compensando-o através de um desconto nas faturas dos utilizadores de carros elétricos, pago pelo Fundo Ambiental. No entanto, retirou também o apoio financeiro nas tarifas de acesso à rede, que vigorou em 2021.

Em termos ambientais, é certo que a utilização deste tipo de veículos é muito mais amiga do ambiente. Mas, e para a carteira?

Há vários critérios que indicam que os carros elétricos serão, à partida, a escolha mais económica:

  • A energia é mais barata;
  • Os custos de manutenção são mais baixos, visto que não existem as despesas relacionadas com o motor de combustão, que acabam por ser as mais elevadas;
  • Não é devido o pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC);
  • Em muitas cidades, o estacionamento público é gratuito para este tipo de veículos – mediante a colocação de um dístico;

Deste modo, e no intuito de chegar a uma conclusão, a Deco Proteste criou um simulador que calcula o custo por quilómetro, tendo em conta o valor de aquisição, seguros, impostos (IVA, ISV, registo, IUC), manutenção, combustíveis ou energia elétrica.

De acordo a análise feita pela Associação do Consumidor, e face ao preço mais elevado de aquisição, o carro elétrico só compensa se o carregamento for feito em casa, em tarifa bi-horária – sendo que esta é, também, a solução mais prática e eficiente para os utilizadores de automóveis elétricos. 

Autor: Carolina Miguel Ferreira

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