Energias renováveis são uma alternativa promissora para a transição energética, e duas empresas portuguesas estão na vanguarda dessa mudança: a EDP Renováveis e a Greenvolt.
EDP Renováveis
Há precisamente um mês, a EDP Renováveis ($EDPR) procedeu à apresentação dos seus resultados aos investidores.
A empresa detida em grande parte pela EDP (cerca de 75% do capital próprio) divulga que investiu mais de cinco mil milhões de euros em 2022 para acelerar a transição energética, quase duplicando o investimento bruto em comparação com o período homólogo. A empresa demonstra também um crescimento de 2% nos resultados líquidos, para 671 milhões de euros. O aumento de 10% da produção renovável da EDPR e a sua estratégia de rotação de ativos suportaram estes resultados, apesar dos custos financeiros e operacionais terem sido mais elevados face a 2021, com maior pressão no custo da dívida e nas despesas com fornecedores e serviços. A venda de cinco portfólios renováveis em Espanha, Itália, Polónia Brasil e nos EUA gerou ganhos de 424 milhões de euros. O EBITDA da EDPR aumentou 23%, para 2,157 mil milhões de euros (+40% sem as rotações de ativos), com contributos importantes do mercado europeu, Brasil e América do Norte. As receitas foram de 2.4 mil milhões de euros (+35% em comparação com período homólogo), com 99,5% do valor alinhado com a Taxonomia Europeia, o sistema europeu de classificação de atividades sustentáveis.
Greenvolt
A Greenvolt ($GVOLT), por sua vez, apresentou os seus principais indicadores do exercício de 2022 no passado dia 23 de março.
As receitas totais atingiram 259,7 milhões de euros (+84% year on year); o EBITDA excluindo custos de transação ascendeu a cerca de 96,5 milhões de euros (+57% year on year); e o resultado líquido atribuível à Greenvolt foi de 16,6 milhões de euros (+114% year on year). O ano de 2022 foi marcado por uma forte expansão, orgânica e inorgânica, tanto no segmento de geração de energia de larga escala como na geração de energia distribuída, conjugada com uma atualização do plano estratégico apresentado ao mercado, que a Greenvolt está a implementar de acordo com o planeado. Não obstante o crescimento destes dois segmentos, o segmento da Biomassa residual continuou a ser o pilar mais relevante em termos de resultados.
Segundo João Manso Neto, CEO da Greenvolt: “O exercício de 2022 foi extremamente importante para a Greenvolt. Por um lado, continuámos a desenvolver o plano de negócios que apresentámos e com o qual nos comprometemos com o mercado, por outro lado reforçámos significativamente o balanço da empresa através de várias operações do mercado de capitais, das quais destacaria duas: o aumento de capital de 100 milhões de Euros, realizado em Julho de 2022 e a emissão de 200 milhões de Euros de obrigações convertíveis bilaterais com a KKR…”
Ambas as empresas estão a contribuir para o desenvolvimento da energia renovável em Portugal e no mundo, e os seus resultados são um testemunho do seu sucesso. Este é um sinal positivo para o país, que tem vindo a apostar cada vez mais em fontes de energia limpa. A transição energética para fontes renováveis é uma prioridade global para combater as mudanças climáticas, e Portugal está a dar um passo importante nesta direção.
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João Vigário, 21 anos, natural de Lisboa. Licenciado em Gestão e Administração de Empresas na Católica Lisbon of Business and Economics. Apaixonado pela área das finanças, investimentos e análise de empresas. O seu primeiro passo para continuar a incentivar este gosto foi a junção à MeuCapital, onde já escreveu mais de 50 artigos.