Depois da invasão da Rússia à Ucrânia, António Costa já “abriu as portas” aos cidadãos ucranianos, tendo procurado tomar medidas de apoio aos refugiados da guerra.
Na passada terça-feira, 1 de março, em Conselho de Ministros extraordinário, o Governo anunciou formas mais concretas de ajuda, nomeadamente a possibilidade de as empresas portuguesas registarem ofertas de emprego para cidadãos ucranianos na página eletrónica do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Como funciona o registo das ofertas?
Para registarem as ofertas de emprego, as empresas têm de preencher um formulário, disponível no seu site. Posteriormente, cabe ao IEFP o “mapeamento das competências dos trabalhadores ucranianos acolhidos, dos locais de acolhimento/residência e das ofertas de emprego disponíveis”.
Caso exista algum candidato com o perfil pretendido pela empresa, o IEFP entra em contacto com as mesmas.
Segundo a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, à chegada ao país os cidadãos ucranianos terão “garantia de ficarem regulares e de conseguirem ter, de forma automática, acesso ao número fiscal (NIF), número de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde”, que facilitará a sua integração profissional.
Neste sentido, e de acordo com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, na manhã desta sexta-feira, e apenas três dias após o lançamento da plataforma que permite este registo, são já 11.503 o número de ofertas de trabalho recolhidas pelo IEFP, para os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal.
Segundo já tinha explicado o referido Ministério, as vagas inscritas na plataforma do instituto de emprego estão “dispersas por todo o país” e “existe uma enorme diversidade de profissões pretendidas, sendo que os principais setores com ofertas de emprego colocadas são tecnologias de informação, transportes (motoristas), restauração e hotelaria, setor social e construção civil“, setores estes que necessitam severamente de recursos humanos.
De notar ainda que o IEFP já anunciou que irá “disponibilizar cursos de Português Língua de Acolhimento para os cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal”. O governo também já deu “luz verde” para a criação de um mecanismo que prevê a entrada automática destes cidadãos em Portugal.
Autora: Ana Rita Ribeiro
