Ucrânia: a joia da coroa

Após um período conturbado devido a uma pandemia, eis que acontece uma guerra na Europa Ocidental liderada por Vladimir Putin. A estratégia de Putin há muito estava definida. A Ucrânia pertencia à União Soviética e apenas se tornou independente em 1991.

É um país bastante rico em recursos do solo, sobretudo em solo fértil e foi a partir deste que o país desenvolveu o seu setor agrícola, sendo considerado como o “celeiro da Europa” durante longos anos.

É uma referência na produção de trigo, cevada, milho, açúcar de beterraba, semente de girassol, algodão, batatas, legumes, carne e leite. Além da força do setor agrícola é também rico em produtos mineiros e energéticos. Aliás, foi a forte componente agrícola que permitiu que a Ucrânia evoluísse de uma economia puramente rural para uma vertente mais industrial. Neste último é de destacar a riqueza em minério de ferro, aço, carvão, manganês, grafite, titânio, magnésio, níquel e madeira.

Com o fim da União Soviética, a Ucrânia começou a desenvolver o seu setor terciário, que atualmente é o setor predominante no país, representando 69% do PIB. Dentro deste setor é de destacar as atividades do comércio e a reparação de veículos automóveis e motociclos.

No entanto, a forte dependência das importações ucranianas de gás natural ao fornecedor Rússia torna a economia ucraniana mais vulnerável.

Os principais parceiros comerciais da Ucrânia são a Rússia, a Alemanha e a China. Porém, Portugal e a Ucrânia também têm relações comerciais.

As importações e exportações entres estes dois países têm vindo a aumentar, sendo que a estrutura das importações portuguesas vindas da Ucrânia são essencialmente: produtos agrícolas, metais ferrosos e máquinas elétricas. Nos produtos agrícolas, que representam 72,2% das exportações ucranianas para Portugal, é de destacar os cereais (53,4%), os frutos de oleaginosas (11,7%) e as gorduras e óleos de origem animal ou vegetal (5,8%).

Portugal também exporta para a Ucrânia, sendo os principais bens: máquinas elétricas (representam 17% das importações ucranianas vindas de Portugal), caldeiras (10,9%), cortiça e suas obras (7%), bebidas alcoólicas e refrigerantes, e vinagre (6,5%), sementes e frutos de plantas oleaginosas (4,8%), papel e cartão (4,4%), sapatos (4,3%), produtos de metal ferroso (3,8%), roupas e acessórios de vestuário, têxteis (3,4%), plásticos, materiais poliméricos (3,4%), café, chá (3%), produtos farmacêuticos (2,6%) e materiais têxteis (2,4%).

Na verdade, a Ucrânia é um país rico em recursos do solo, pelo que a exploração deste território sob domínio russo traria muitas vantagens económicas a este país.

Autora: Márcia Soares

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