A empresa portuguesa de cerâmica Vista Alegre Atlantis ($VAF.LS), do grupo Visabeira, revelou um resultado negativo de 0,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com um decréscimo de 150% face ao período homólogo do ano anterior.
Trata-se, portanto, de uma queda de cerca de 0,9 milhões de euros.
Nesse sentido atuou “o escalar do conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, que veio acentuar “a pressão inflacionista no principal mercado de exportação da Vista Alegre”, que é a Europa, o que impactou diretamente os seus “custos de produção, nomeadamente o custo da energia, logística e matérias‐primas, penalizando os resultados da empresa”.
A empresa revelou também um crescimento de 1,2% em termos do EBITDA, apresentando cerca de 14,9 milhões de euros, face aos 14,7 milhões de euros apresentados no período homólogo do ano anterior.
Em relação ao Volume de Negócios, verificou-se um aumento de 28,3%, tendo sido alcançados os 103 milhões de euros. Esse mesmo crescimento deve-se principalmente ao crescimento das vendas nos segmentos do grés e da porcelana, que em conjunto representam cerca de 80% do negócio.
No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa dá destaque aos resultados obtidos internacionalmente, nomeadamente nos mercados do Brasil, Estados Unidos da América, Países Baixos, França, Espanha e Alemanha, que representaram 75,4% do Volume de Negócios da empresa, com 77,5 milhões de euros de vendas.
A empresa salientou ainda a redução da sua dívida líquida consolidada em cerca de 6,5 milhões de euros, o que permite à empresa manter “um elevado nível de disponibilidades, revelando assim solidez da sua tesouraria”.

Miguel da Costa Antunes, com 19 anos e natural de Leiria, estuda Engenharia e Gestão Industrial na Universidade de Aveiro. Para além de Financial Content Writer na MeuCapital, faz parte da Associação de Engenharia e Gestão Industrial de Aveiro.