Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a taxa de inflação homóloga em Portugal, recuou para os 7,4% durante o mês de março, sendo o valor mais baixo desde abril de 2022.
Desde o final de 2021 e ainda mais com o início da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, que a inflação tem disparado em Portugal, sendo que os principais produtos afetados por este aumento generalizado do nível de preços são os bens alimentares e os produtos energéticos.
Dados divulgados agora pelo INE, mostram que poderemos estar a atingir um pico no que toca à subida dos preços, com a taxa de inflação homóloga a recuar para os 7,4%, o menor valor desde abril de 2022, e representa o 5º mês consecutivo em que esta taxa está a decrescer.
Este decréscimo acontece derivado à diminuição do preço dos produtos energéticos, que comparativamente ao mesmo período de 2022, registam agora um decréscimo no seu preço em 4,4%.
Também os preços dos produtos alimentares não transformados sofreram uma desaceleração no mês passado, registando um aumento de 19,3%, em comparação aos 20,1% que se tinham registado em fevereiro.
Aliás, o valor da inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 7%, menor que o valor registado em fevereiro (7,2%).
Olhando para o gráfico acima, é possível notar que a inflação já terá atingido um ponto máximo e agora deverá voltar a níveis mais naturais, mas é esperado que continue, pelo menos até 2025, acima dos 2%.
Poderemos estar a iniciar um período de desinflação, onde os preços apesar de continuarem a aumentar irão agora aumentar a uma menor velocidade, no entanto, não é esperado que num futuro próximo a inflação atinja a terrenos negativos (fenômeno conhecido como deflação) que permita aos preços regressar a valores anteriores à invasão.
Mário Costa, estudante do 1º ano do Mestrado em Finanças na FEP, Financial Content Writer na MeuCapital e Membro do Departamento de Corporate Finance no FEP Finance Club. É escuteiro desde os 9 anos e ao longo dos anos desenvolveu um forte interesse pela área financeira, tendo por a missão de contribuir para uma maior literacia financeira em Portugal.
