Quais os produtos mais afetados pela inflação em Portugal?

O Instituto Nacional de Estatística divulgou dados sobre a inflação em Portugal durante o mês de novembro. Com uma variação do Índice de Preços do Consumidor em 9,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, trata-se de uma descida de 0,2 pontos percentuais em relação ao registado em outubro.

De entre os vários produtos que foram analisados para verificar o comportamento da inflação, o principal destaque vai para a estabilização nos produtos alimentares não transformados e para a ligeira descida nos produtos energéticos, como é o caso dos combustíveis que diminuem há várias semanas consecutivas. Por outro lado, os alimentos transformados viram o seu preço aumentar em relação a outubro.

Produtos que mais têm aumentado

 Desde o início da invasão russa da Ucrânia, que as economias têm-se deparado com um aumento da inflação, muito devido quer às sanções aplicadas à Federação russa, quer ao facto de ambos os países serem importantes produtores de produtos como o gás natural no caso da Rússia ou os cereais no caso da Ucrânia.

Em Portugal os produtos aos quais mais se viu o preço a aumentar durante este ano foram os produtos energéticos, como o gás natural, o preço médio de uma botija de gás está agora acima dos 32€ quando no final de 2021 se encontrava em pouco mais de 29€ (apesar do decréscimo em cerca de 2% no mês de novembro em comparação com outubro) e também vários produtos, principalmente alimentos transformados, que em novembro viram o seu preço aumentar mais de 16% em relação ao mesmo mês do ano passado. Neste último caso, começamos a ver que claramente o aumento no preço dos cereais, como o trigo ou o girassol, da qual a Ucrânia é importante produtor e exportador, se tem disseminado pela economia, com aumentos nos produtos laticínios (o queijo aumentou 8,2% e o leite 7% em um ano) mas também na farinha ou no açúcar que em alguns casos dobraram de preço.

Implicações para os Portugueses

Com a inflação é já notório a diminuição da poupança pela população portuguesa, em 2021 essa poupança situava-se em 20% do rendimento está agora abaixo dos 4%, quer isto dizer que em cada 100€ que um português aufere como rendimento, mais de 96€ são gastos em consumo. Também ao nível da habitação e com o disparar das Euribor para valores históricos, é esperado aumentos nas mensalidades dos créditos à habitação, que infelizmente, deverão significar um aumento no número de incumprimentos.

Autor: Mário Costa

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