A libra já se desvalorizou em mais de 16% durante o último ano. Durante a tarde do passado dia 8, data do falecimento da Rainha Elizabeth II, situava-se em terreno negativo.
Há mais de um ano que a economia global vê a libra esterlina a desvalorizar-se face ao dólar.
Face a uma escalada da inflação a nível mundial, o poder aquisitivo tem vindo a diminuir, mas no caso dos ingleses, sendo acompanhados por uma desvalorização da sua moeda, acabam por ver a sua capacidade de compra a ser altamente afetada.
Agora, com o falecimento da Rainha Elizabeth II, nesta quinta-feira, dia 8 de setembro, o futuro dos cidadãos ingleses ficou ainda mais incerto.
A verdade é que a Inglaterra vive num contexto bastante desafiador desde o Brexit, o que se complicou com a pandemia.
Na tarde do passado dia 8, a moeda inglesa caiu 0,25%, para os 1,1504 dólares e já leva um decréscimo agregado de 16,4% em face à moeda americana, no conjunto dos últimos 12 meses.
De forma a conter a inflação na Inglaterra, as taxas de juro acompanham, em ritmo de expansão, a inflação. Após os sucessivos aumentos por parte do Banco Central da Inglaterra, as taxas deixaram a marca dos 0,1% em dezembro do ano passado, atingindo os 1,75%, tendo registado a sua subida mais abrupta em agosto, de 0,5 pontos percentuais.
Para além da questão energética que pesa sobre toda a economia global, no Reino Unido as incertezas políticas também se fazem sentir, face à recente tomada de posso de Liz Truss, como primeira-ministra – a 15.ª e última do reinado de Elizabeth II.
A libra passará agora a carregar o rosto do novo Rei Charles III.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.