Ainda não pensou no que vai oferecer neste Natal? Então comece a preparar-se porque este ano a oferta de determinados produtos pode estar comprometida.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) alerta que a importação de bens fora da Europa pode estar comprometida devido aos recentes aumento das matérias primas e a falta de componentes como chips.
Além disso, a crise de contentores marítimos também está a dificultar o comércio internacional. Empresas como a Nike e Amazon estão, neste momento, a alugar aviões para transportar as suas mercadorias para contornar os problemas causados pelos longos períodos de tempo das rotas marítimas.
Neste sentido, em declarações ao Jornal Eco, o director geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, denomina esta situação de “cocktail explosivo” na quadra consumista que se aproxima na sociedade portuguesa. Apesar de salientar que os retalhistas estão a fazer os esforços possíveis para evitar eventuais rupturas de stocks, não é possível assegurar que não haja falhas em algumas categorias de produtos.
Os produtos que, aliado ao padrão habitual de compras nesta altura do ano, se encontram em maior risco são os equipamentos eletrônicos de consumo e os brinquedos.
Deste modo, o responsável máximo que representa as maiores empresas do setor do retalho, pede aos consumidores alguma prudência no momento de responsabilizar os retalhistas nos casos que se verificar a falta de determinados artigos.
Além disso, apesar das dificuldades atuais, Gonçalo Lobo Xavier vê o atual momento como uma oportunidade para a Europa repensar o seu modelo de indústria e também acredita que uma das soluções para o problema pode ser a redução do custo dos contentores e desburocratização do processo de desalfandegamento.
Em suma, neste momento, os consumidores ainda vivem uma situação comercial normal. No entanto, dado as complicações enunciadas, é provável que haja uma maior pressão na procura e que a oferta não seja capaz de ser tão flexível como nos anos transatos na época do Natal.
Autor: Manuel Silva
