Novos fornecedores energéticos na UE?

Esta sexta-feira, dia 24 de março, foi assinado um acordo entre a UE e os EUA com o objetivo de garantir o abastecimento de gás norte-americano, cumprindo, assim, com as sanções à energia russa, decorrentes da guerra declarada no território ucraniano.

O principal objetivo da UE é reduzir a dependência da energia russa e, por isso, está prestes a estabelecer um acordo com Washington para que os EUA passem a ser os seus principais fornecedores.

Num comunicado da Casa Branca, o conselheiro dos EUA deu ênfase à  redução da dependência energética da Europa face à Rússia como sendo um dos objetivos fulcrais do Presidente norte americano, Joe Biden.

Com este acordo, os EUA ficam responsáveis pelo abastecimento da UE e, por isso, estão, neste momento, a discutir soluções para garantir este abastecimento, dadas as quantidades significativas de gás natural necessárias. Nesse sentido, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reuniu com as grandes empresas do setor energético, bem como os principais bancos da indústria financeira, para encontrarem uma solução em conjunto.

No seguimento de uma fonte credível, o CEO do banco JPMorgan, Jamie Dimon, apontou a criação de um novo Plano Marshall como uma das soluções para aumentar a capacidade de produção de gás natural. Esta solução permitiria a redução do tempo de construção de fontes de energias renováveis nos EUA e, consequentemente, assegurar o abastecimento energético da Europa já para o inverno de 2023.

Dada a falta de capacidade e preparação dos EUA para o abastecimento energético da UE, era expectável que as quantidades de fornecimento, bem como o preço da energia, não fossem definidos nesta reunião. Contudo, o acordo deixou já definidas as quantidades de fornecimento. Até ao final de 2022 serão exportados para a UE cerca de 15 mil milhões de metros cúbicos e ficou estabelecido o fornecimento de 50 mil milhões de metros cúbicos de gás natural até 2030.

Para além da UE, a Alemanha também está a reduzir a dependência energética da Rússia, uma vez que a Rússia é responsável por 55% das importações de gás, 55% das de petróleo e de metade das necessidades de carvão da Alemanha.

Nesse sentido, este país estabeleceu uma parceria com o Qatar no domingo passado, dia 20 de março de 2022. Neste acordo, ficou definido o abastecimento de gás natural liquefeito e, também, a expansão das energias renováveis e medidas de eficiência energética.

Autor: Rodrigo Gonçalves

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