Novo tratamento contra a covid-19 valoriza Pfizer em 11%

O novo comprimido anti-viral desenvolvido pela Pfizer ($PFE) é capaz de reduzir em 89% as hipóteses de hospitalização ou morte em adultos com fatores de risco, anunciou a gigante farmacêutica na sexta-feira passada. 

O seu CEO, Alberto Bourla, prometeu tornar esta nova e valiosa arma contra uma pandemia  – que já matou mais de 5 milhões de pessoas – disponível globalmente o mais rapidamente possível. 

Este, contudo, não foi o primeiro comprimido anti-viral a apresentar bons resultados clínicos. No passado mês de outubro, a Merck & Company ($MRK) anunciou que tinha desenvolvido um comprimido anti-viral capaz de reduzir em 50% as hospitalizações e mortes em casos de infecções de risco. 

Ainda assim, os melhores resultados clínicos por parte da Pfizer valeram-lhe uma valorização de 11% na bolsa na passada sexta-feira, fechando o dia a um preço de 48,61$ por ação.  As ações da Merck, em contrapartida, caíram 10% fechando a um preço de 81,61$ por ação. Outras farmacêuticas como a Moderna Inc. ($MRNA) e a BioNTech SE ($BNTX) caíram 11% e 21% respectivamente. 

Ambas as farmacêuticas procuram ainda a aprovação da FDA (Food and Drug Administration), a entidade reguladora americana. Pendente desta aprovação, a droga poderá então ser comercializada ao público nos Estados Unidos. 

A Merck, contudo, já viu o seu comprimido ser aprovado no Reino Unido na passada quinta-feira. A Agência Reguladora Britânica de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) recomendou o medicamento, molnupiravir, para utilização leve a moderada em pessoas com COVID-19 e com pelo menos um factor de risco, tal como obesidade, diabetes e doenças cardíacas.

“Estamos agora a trabalhar através do governo e do SNS para levar este tratamento aos doentes. Inicialmente através de um estudo nacional, com o intuito de recolher mais dados sobre o funcionamento dos antivirais numa população maioritariamente vacinada”, disse a ministra britânica das vacinas, Maggie Throup, ao Parlamento.

Do lado da Pfizer, a empresa está a contar submeter aprovação à FDA até dia 25 de Novembro, com a expectativa de obter aprovação até ao final do ano.

“Estes medicamentos orais vão aumentar a nossa capacidade de reduzir o risco de doença grave, hospitalização e morte, o que é fulcral, mas não impede a infeção”, disse a Dra. Grace Lee, professora de pediatria na Escola de Medicina da Universidade de Stanford.

Alberto Bourla afirmou também que para os países desenvolvidos a Pfizer espera fixar o preço do seu tratamento a um preço igual ao da concorrente Merck, 700 dólares. Para países em desenvolvimento, Bourla disse que a Pfizer está a considerar várias opções, com o objetivo de “não haver barreiras no acesso ao medicamento”.

Autor: Francisco Sá

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